quinta-feira, 31 de maio de 2018

App Neo-Soul Keys Studio - E.P.s definitivos para iPad

Rhodes “Mark I Suitcase 2”



 Rhodes “Rich Bells”



Rhodes “Super Dyno”



Rhodes “Neo-Soul Dyno”


Rhodes “1984 Mark V”



Wurlitzer “Wurly 200A”


Tines “FM Suitcase Tine”



Tines “Love Tines”


      A impressão imediata que se tem quando se toca um teclado ligado via MIDI ao iPad com o app Neo-Soul Keys Studio, é que temos controle sobre muitas coisas, são muitos detalhes de som, mecânicos, percussivos, ruídos e waves harmônicas formando um timbre complexo, como num real instrumento eletrônico e mecânico. As possibilidades são imensas, dos macios aos “podres”, dos “rubbers” aos sinados, martelos, movimento de pedal, etc. São 72 timbres de Pianos Eletromecânicos, 126 presets, com recursos de ajustes minuciosos do mecanismo e funcionamento dos instrumentos, envelopes, curvas de velocidades, mais 60 multiefeitos e 18 amps sofisticados e poderosos, realmente, o musical app emulador de pianos elétricos definitivo para iPad, luxuoso, superior, fantástico (a partir do iPad 4).

  • a full port of the desktop version
  • AUv3
  • 4.0 GB Lossless compression (Sample Size 11GB)
  • 72 Distinct Electric Piano Timbres
  • 60 Dedicated Mechanical FX
  • 126 High Quality Presets
  • Featuring Overloud’s Vintage Keyboard FX suite integrated and specifically tweaked for iOS.
  • 18 High quality AMP Sims
  • Optimized CPU and disk streaming
  • Optimize preset system with better saving options and a search function
  • New vintage modeled Master Limiter with a smooth and transparent soft limit and tube saturation.
  • Keyboard Follow (K.Follow) for Decay
  • Each mechanical effect has a dedicated:
  • ADSR
  • Velocity Curve
  • Velocity Amount
  • Keyboard Amount
  • Gain and Volume

Vídeos gravados diretamente da tela pelo iPad 5, áudio mono. O teclado Roland A30 foi conectado ao iPad 5 via MIDI e usado na execução, em tempo real e sem edição por José Osório de Souza.

Veja na AppStore


sábado, 26 de maio de 2018

App Syntronik - Todos os 22 Synths

Minimod
Baseado no Modular Moog, Minimoog Model D, Moog Voyager



Memory-V
Baseado no Memorymoog



V-80
Baseado no Yamaha CS-80, GX-1, CS-01II



99
Baseado no Yamaha SY99



Pro-V
Baseado no Sequential Circuits Prophet-5, Prophet-10



OXa
Baseado no Oberheim OB-X, OB-Xa



Galaxy
Baseado no Alesis Andromeda



Harpy 260
Baseado no ARP 2600



Polymorph
Baseado no Moog Polymoog, Opus 3, Rogue, Realistic Concertmate MG-1



String-Box
Baseado no ARP String Ensemble (Solina), Elka Rhapsody 490, Hohner String Performer, Roland RS-505 Paraphonic, Roland RS-09 Organ/Strings 



DCO-X
Baseado no Roland JX-10, JX-8P, JX-3P


J-8
Baseado no Roland Jupiter-8, Jupiter-6, Jupiter-4



J-60
Baseado no Roland Juno-60



T-03
Baseado no Roland TB-303 Bassline


Blau
Baseado no PPG Wave 2.3



Bully
Baseado no Moog Taurus I, II, 3



Noir
Baseado no Multimoog, Micromoog, Moog Prodigy



M-Poly
Baseado no Korg Mono/Poly, Polysix



SAM
Baseado no Oberheim SEM (Synthesizer Expander Module)



SH-V
Baseado no Roland SH-5, SH-2



VCF-3
Baseado no EMS VCS3 (The Putney)



Modulum
Baseado no Baseado no Modular Moog, EMS VCS3, Alesis Andromeda



Vídeos gravados diretamente da tela pelo iPad 5, áudio mono. O teclado Roland A30 foi conectado ao iPad 5 via MIDI e usado na execução, em tempo real e sem edição por José Osório de Souza.

Syntronik inclui recriações de 44 diferentes sintetizadores e string machines de hardware apresentados como 22 poderosos instrumentos virtuais chamados “Synths” reconhecíveis por suas elegantes interfaces gráficas.

App Syntronik - Multi Panel

      Neste vídeo, quatro presets do Multi Panel do musical app Syntronik IK multimedia: 

- "A Starter Pack": Minimod, SAM e J-60
- "Split the J-8 Pad & Lead": J-8 e J-8
- "Temples": Pro-V, 99 e Polymorph
- "Wurstfabrik": Blau e Blau


      Neste outro vídeo, quatro synths foram usados simultaneamente, dois com arpejadores na região esquerda do teclado e dois para serem tocados em tempo real na região direita:

- Modulum: timbre Buffalo Kit 1 Clean, fazendo bateria arpejada
- 99: timbre Slap Bass, fazendo baixo arpejado
- OXa: timbre French Horn 1
- M-Poly: timbre Pianetto


      Tema original usando modo multi do musical app Syntronik:

- Harpy 260 : Auto Pop (arp)
- SAM : Downtown Party (arp)
- Minimod : Percussive Sweeps (arp)
- Minimod : Absolute Lead (solo)


      Quatro synths simultâneos usados, bateria e baixo em arpejadores mais base e solo, todos executados em tempo real em teclado externo conectado via MIDI ao iPad 5, um único canal MIDI recebeu as quatro zonas splitadas no app:

- Modulum: Buffalo Kit Clean (arpejador)
- SAM : White Panel 2-Octave Bass 1 (arpejador)
- OXa : Big Phase Pad 
- Minimod : Fever Lead SM


      Split de teclado com duas zonas, piano+strings à esquerda e lead+voice à direita:

- 99: EP 80 FM (piano)
- V-80: Air PWM Pad (strings)
- Minimod: Absolute Lead
- Galaxy: Cathedral Choir (mono c/ lead)



      Layer com 2 synths do app Syntronik: OXa, timbre “1984 Polysynth 1”, e J-8, timbre “Blip Saw” (loops de Drums & SynthBass pelo app Launch Pad).


      Para ter título de tudo em um, mesmo dentro do conceito timbragem vintage, um engenho tem que ter um piano funcional, no vídeo, três E.P.s do synth 99 (baseado no Yamaha SY99), “EP 80 FM”, “Warm FM Ballad EP” e “Tines EP”, foram combinados pelo Multi Panel para montar um timbre bem forte de FM Piano (loops de Drums & Bass, acionados em tempo real, são do app Launch Pad).   



      Quatro timbres usados, layer base tocado à esquerda do teclado por Synths Minimod, "A deep sweeper", e Polymorph, "Comb Clav", layer solo tocado à direita por Synths SH-V, "Abandon your presense", e SAM, "Blast from the past". LaunchPad faz loops de Drums & Bass.



      Programa-se arpejos muito facilmente, incluindo em timbres de bateria, que o Syntronik possui no synth Modulum, criando patterns como se fosse um sequencer. Várias peças de bateria podem ser disparadas em uma única tecla (nota), que pôde ser transposta no arpejador individualmente em cada posição do compasso, tocando notas diferentes, e consequentemente nesse timbre, peças diferentes de bateria. Os recursos de combinação de quatro timbres e quatro arpejadores programáveis são fáceis de usar e com muitas possibilidades de criação de ferramentas para serem usadas em tempo real. Você cria splits e layers do teclado numa única tela do aplicativo de maneira rápida e intuitiva, sem precisar mexer no controlador MIDI que você estiver usando, basta habilitar um canal MIDI e quatro timbres, em quatro regiões com quatro camadas de velocity diferentes podem ser tocados. O arpejador, com resolução de até tercinas de semifusas (1/64T), com transpose individual por parte da resolução de doze semitons para cima e para baixo, além de ajuste de volume e tempo por parte, permite total controle da frase gerada automaticamente, como num step sequencer. A expressividade e o realismo só vão soar como pattern computadorizado se realmente for essa a tua intenção, senão será como uma gravação em tempo real bem humanizada.

      Assista todos os vídeos de demonstração do Zé Osório do musical app Syntronik no LINK.

Vídeos gravados diretamente da tela pelo iPad 5, ou pelo celular Samsung J5, áudio mono. O teclado Roland A30 foi conectado ao iPad 5 via MIDI e usado na execução, em tempo real e sem edição por José Osório de Souza.

Syntronik inclui recriações de 44 diferentes sintetizadores e string machines de hardware apresentados como 22 poderosos instrumentos virtuais chamados “Synths” reconhecíveis por suas elegantes interfaces gráficas.

App Syntronik - Outros Recursos

Acessos MIDI

      Mapeie os layers com program change MIDI de sua preferência e na ordem que desejar para acessar Multis com um toque por controlador externo MIDI, pra agilidade ao vivo é muito útil.

Pesquisa com Filtros

      Pra achar o timbre que você quer em mais de 1.600 presets que vêm prontos, mais favoritos e users, o app Syntronik conta com um navegador inteligente que permite a você filtrar a pesquisa de muitas maneiras:

1. Pesquise em um synth específico
2. Pesquise em mais de um synth
3. Pesquise nos favoritos * que você marcou
4. Pesquise por "Category"
5. Pesquise por "Timbre"
6. Pesquise por "Style"
7. Pesquise por "Music Genre"
8. Pesquise por "Mood"
9. Pesquise nos users que você criou

Você pode também combinar e cruzar filtros.

Efeitos 


      Cinco efeitos numa mandada por synth, aqui num órgão do synth J-8. Não, esse app não faz só leads e pads sintetizados, ele emula um Hammond organ com competência, com o luxo de simuladores de rotary speakers, drive, spring reverb e outros efeitos pra torrar e apodrecer o timbre como num analógico vintage, sensacional, completo!

Jam ao vivo com J-8 Organ mais efeito rotary, fast do efeito acionado pelo data entry do teclado (app LaunchPad faz loops de drum & bass).       


Neste outro vídeo, efeito rotary com o “fast” acionado por footswitch no teclado externo:



Pianos


      Este app não foi criado para fazer pianos, sejam acústicos, eletromecânicos ou FM, com a qualidade de multisamples enormes programados para gerarem timbres realistas, essa não é a proposta do engenho. Contudo, se você quer saber como synths vintage faziam pianos, timbres que foram usados por tecladistas geniais em álbuns célebres, o Syntronik te dá boas amostras. No vídeo, sete pianos interessantes, obviamente o synth 99 que emula modelos Yamaha, faz pianos tipo DX7 reconhecidos como EPs mais elaborados, mas todos são úteis principalmente se desejar fazer uma música com uma sonoridade mais analógica. Seguem nomes dos timbres e synths que os fazem:

      1. EP 80 FM - 99
      2. Maximus Piano - String-Box
      3. Nightclub EP - DCO-X
      4. Old Piano - Harpy 260
      5. Piano Multimax - String-Box
      6. Play your heart out - 99
      7. Warm FM Ballad EP - 99  


Vídeos gravados diretamente da tela pelo iPad 5, ou pelo celular Samsung J5, áudio mono. O teclado Roland A30 foi conectado ao iPad 5 via MIDI e usado na execução, em tempo real e sem edição por José Osório de Souza.

Syntronik inclui recriações de 44 diferentes sintetizadores e string machines de hardware apresentados como 22 poderosos instrumentos virtuais chamados “Synths” reconhecíveis por suas elegantes interfaces gráficas.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Tutorial - App MIDIflow Mapeando 3 Apps com 4 Timbres


      Vamos construir o seguinte mapa, uma combinação de quatro timbres em duas zonas distintas, dois em layers na parte esquerda do teclado, que podem ser sustentados pelo pedal de sustain, e outros dois em layers, na parte direita do teclado, sem serem afetados pelo pedal, assim enquanto seguro a base e o ritmo na região esquerda, faço solo ou ataques na região direita. Na parte esquerda usarei dois timbres do aplicativo Bismark bs-16i, um piano acústico e um strings, na parte direita dois brass, um acústico section do aplicativo MKSensasation e um synth brass do KQ Dixie.

01. A primeira coisa é chamar os aplicativos que serão mapeados, ativar um canal MIDI para recepção de mensagens MIDI, ou mais de um se o app for multitimbral, e disponibiliza-los para serem usados em background, isso é, mesmo que suas telas estejam minimizadas. Comecemos com o Bismark bs-16i.

02. No caso do Bismark bs-16i, os 16 canais já estão disponíveis, usaremos duas partes multitimbrais dele, a 1a. e a 2a., os canais MIDI 1 e 2, ajustamos para que ele funcione em background.

03. Depois escolhemos o banco do qual usaremos um timbre, a escolha do timbre faremos no MidiFlow, mas o banco, nesse caso, já deixamos selecionado.

04. Agora abrimos o segundo app, o MKSensation, esse app, apesar de disponibilizar até doze timbres diferentes para misturar e usar, permite acesso aos timbres por um único canal MIDI.

05. Selecionamos o timbre Brass e ajustamos o canal MIDI 3.

06. Agora chamamos o terceiro app, o KQ Dixie, ligamos o background, escolhemos o banco.

07. Habilitamos o canal MIDI 4 para receber mensagens MIDI remotamente.

08. Agora chamamos o MidiFlow.

09. Clicamos em “INPUT” e selecionamos o teclado externo que tocará os apps no iPad, neste caso a conexão é feita com um teclado controlador com conexões MIDI convencionais de cinco pinos através de uma interface MIDI-USB, a UM-1 (Roland UM-1EX), ligada via USB ao CCK e depois ao iPad, o MidiFlow reconheceu essa interface.

10. Clicamos em “ADD” e criamos o primeiro fluxo, agora vamos configura-lo.

11. A configuração consiste em definir o meio que enviará as mensagens MIDI, que na verdade usa conexão MIDI Out para enviar mensagens pro iPad. Em “Select Source”, ícone na parte superior do fluxo, escolhemos “Input Keyboard”, o mesmo definido antes na “INPUT” master do MidiFlow.

12. Depois na tela “Select Destination” acessada clicando o ícone na parte inferior do fluxo, escolhemos o destino, o app que será tocado pelo teclado externo (é interessante entender que o MidiFlow utiliza termos opostos para definir o fluxo, em “INPUT”, entrada, e em “Select Source”, fonte, escolhe-se o MIDI out, e em “Select Destination”, destino, escolhe-se o MIDI in).

13. Agora clicamos no ícone do centro para criarmos as configurações do fluxo entre o teclado externo e o app. Em “RESTRICT NOTES TO RANGE” definimos os limites, inferior e superior da zona, para fazermos split de teclado, A0 a B4.

14. Em “CONTROLLERS” deixamos o parâmetro “Find Out” desligado para que o app reconheça o uso de pedal de sustain do teclado. Mesmo que o add “Controller Remapping” não tenha sido adquirido esse parâmetro funciona para ajustar sustain.

15. Em “SEND ON LOAD” clicamos em “Add controller” para criarmos os parâmetros de CC, PC e outros ajustes (esse grupo de parâmetros só está disponível mediante a compra do add “Send Controller On Load”, antes da compra “Learn more...” aparece nos parâmetros).

16. Criamos o PC de valor 0 para acessar o primeiro timbre do banco e o CC 7 com valor 80, para ajustar o volume do canal MIDI com o volume 80. Veja no post aqui do blog “App MidiFlow - Ajuste de Volume”, LINK,  mais detalhes sobres ajustes de Program Change e Control Changes.

17. Por último, o parâmetro “REMAP CHANNEL TO”, um juste muito importante, ele permitirá que seja qual for o canal MIDI que estiver ajustado no teclado externo, para enviar mensagens, o aplicativo desse fluxo, receba as mensagens no canal desejado. Neste fluxo remapearemos para canal MIDI 1, já que estamos usando o app Bismark bs-16i nele, com a primeira parte multitimbral programada no canal MIDI 1 para receber mensagens MIDI.

18. Agora clicamos em “ADD” e criamos um segundo fluxo, nele também escolheremos o app Bismark bs-16i, mas para ser tocado pelo teclado controlador na sua parte multitimbral 2.

19. Ajustamos a mesma zona de split usada no primeiro fluxo, A0 a B4.

20. Em “CONTROLLERS” deixamos o parâmetro “Find Out” também desligado para que o app reconheça o uso de pedal de sustain. Criamos em “SEND ON LOAD” o PC com valor 48 para acessar o timbre de número 48 no banco do Bismark bs-16i e o CC 7 com valor 32 para ajustar o volume da segunda parte multitimbral. Em “REMAP CHANNEL TO” remapeamos para canal MIDI 2, o canal da segunda parte.

21. Agora clicamos em “ADD” e criamos um terceiro fluxo, nesse configuraremos o app MKSensation para tocar um timbre de Brass section pela região direita do teclado externo.

22. Depois de ajustarmos “Select Source” e “Select Destination, clicamos no ícone do meio e fazemos a configuração do fluxo, dessa vez criaremos uma zona de split diferente das usadas com o Bismark bs-16i, de C5 a C8. Em “NOTES” faremos um ajuste que ainda não fizemos, um transpose do timbre em uma oitava para baixo (-12 semitons).

23. Em “CONTROLLERS”, desta vez, ligaremos o parâmetro “Find Out” para que o app não reconheça o uso de pedal de sustain.

24. O canal MIDI reamapearemos em “REMAP CHANNEL TO” para 3, o mesmo que ajustamos no MKSensation no início.

25. Criamos agora um quarto fluxo, esse para o app KQ Dixie com um timbre de synth brass que fará layer com o Brass section do MKSensation tocado também na região direita do teclado sem ser afetado pelo pedal de sustain.

26. Os ajustes de zona de split e transpose são os mesmos do app MKSensation.

27. Em “CONTROLLERS” também ligamos o filtro para que não haja interferência do pedal de sustain no timbre, mas nesse caso não faremos ajustes de CC 7 ou de PC, usaremos o que já foi definido incialmente no próprio KQ Dixie.

28. Por último remapeamos o MKSensation para canal MIDI 4, o mesmo definido incialmente no app.

29. Com os quatro fluxos criados, clicamos em “SAVE (AS)”, escolhemos a opção “No, save as...”, digitamos um nome para a “Song” e a salvamos.

30. A “Song” deve ser chamada depois que os apps Bismark bs-16i, MKSensation e KQ Dixie tiverem sido carregados, para que os ajustes do MidiFlow prevaleçam sobre quaisquer outros ajustes originais do apps. 


      Os parâmetros “RESTRICT NOTE VELOCITIES TO RANGE”, que não usamos aqui, permitem acesso de um timbre em uma zona, com limites inferior e superior ajustáveis, específica de velocidade com que se toca as teclas no teclado. Poderíamos ter programado, no exemplo acima, o synth brass do KQ Dixie para ser tocado somente em velocidades (força com que se pressiona a tecla) mais altas, junto com o volume que geralmente já varia conforme a “velocity”, permite que um timbre ganhe uma cor diferente quando tocado com mais força.
      Nem todo musical app permite recepção de ajustes remotos MIDI, alguns somente em parte, o Bismark bs-16i recebe quase tudo, já o SampleTank, apesar de ser um tanque de guerra para bons e variados timbres, é mais fechado nele mesmo. Mas só o fato de poder splitar, remapear e ajustar volume e pedal de sustain, já ajuda bastante para sincronizar apps em tempo real. 

José Osório de Souza, 22/05/18


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Tutorial - App MIDIflow Ajustando Volume

      Para achar e ajustar o parâmetro que programa o VOLUME dos apps mapeados, segue passo a passo, lembrando que o acesso a esse parâmetro só é possível após compra do add interno “Send Controller On Load”, antes da compra “Learn more...” aparece nos parâmetros:


1. Ache o grupo de parâmetros “SEND ON LOAD” e clique em “Add controller”.



2. Selecione “CC 7 (Channel Volume)”, o control change 7 ajusta o volume de um canal MIDI específico, parte multitimbral ou o app todo quando não for multitimbral.



3. Selecione “VALUE TO SEND” para especificar o valor do CC 7.



4. Digite o valor e clique em “DONE”.



5. Clique em “Apply modifiers” para encerrar o procedimento.



6. Salve a cena e chame-a depois que carregar os apps para que e o ajuste do MidiFlow prevaleça na configuração.


      Procedimento semelhante é feito para ajustar outros Control Changes assim como o PC (Program Change, o número do timbre, atentando ao fato que conta-se muitas vezes um a menos, 0 é 1, 1 é 2, 2 é 3, assim por diante).


terça-feira, 15 de maio de 2018

20 musical apps free ou baratos

      Pra quem está chegando ao mundo dos aplicativos musicais em iPad e quer gastar pouco, segue lista, 14 gratuítos mais 6 com preço em conta, só atente-se ao modelo de seu iPad, nem todo app roda em iPad antigo, os preços podem variar conforme promoções ou dólar:

01. iGrand Piano Free: pianos acústicos, roda em iPad antigo, versão gratuita já vêm com alguns bons timbres

02. iLectric Piano Free: pianos eletromecânicos, roda em iPad antigo, versão gratuita já vêm com alguns bons timbres

03. SampleTank CS: versão free inicial com alguns timbres, desse que é até o momento o app mais completo e com mais qualidade de timbres 

04. Syntronik CS: free com alguns timbres, iPad Air ou+

05. FM Player: grátis com bons samples de timbres das Yamaha DX/TX series, incluindo pianos DX7, iOS 10 ou+

06. MKSensation: versão grátis com 3 instrumentos, 2 pianos e 1 brass, iPad4 ou+

07. Launchpad: grátis, loops de baterias e instrumentos pra EDM e jams

08. Launchkey: grátis, timbres de synths e arpejador

09. Korg Gadget LE: versão inicial free com alguns recursos, timbres, sequencer e bateria 

10. AudioKit SynthOne: variedade de synths layers, leads e outros, com arpejador e efeitos FREE

11. StrandOrgan: grátis, excelente órgão de tubos 

12. Yamaha FM Essential: grátis, timbres e bateria

13. SynthMaster Player: grátis, vasta biblioteca de timbres variados 

14. GarageBand: vem instalado no iPad mas com versão pra free download apenas para últimos iOS

15. iSoundBank: R$ 3,50, toca SoundFont, vem com um banco GM que quebra um galho

16. KQ Dixie: só R$ 12,90, engenho FM definitivo pra iPad pra quem quer os originais do Yamaha DX7 e outros da Yamaha DX/TX series, aceita sysex dos vintage originais, iOS 9 ou+

17. Galileo Organ 1: R$ 16,90, clonewheel definitivo para iPad

18. Audio Evolution Mobile Studio: R$ 22,90 por DAW, gravador MIDI e de áudio, mais soundfonts recurso de importação de novos

19. Bismark BS-16i: R$ 24,90, banco GM, 16 timbres simultâneos, um pouco mais caro que os outros indicados, mas aceita SoundFonts bem usáveis e gratuitos, iOS 10 ou+

20. Poison-202: R$ 32,90, synth totalmente editável, competentíssimo em emular Moog e outros vintage, com o maravilhoso banco D programado pelo Fabio Ribeiro

Pesquise os apps na AppStore para mais detalhes. 

José Osório de Souza, 15/05/2018

sábado, 5 de maio de 2018

MIDI: pra começar a usar instrumentos musicais em iPad

1. Mobile Music, é muito mais que ouvir MP3

      Usar o iPad com musical apps é muito mais que tocar arquivos de músicas em formato MP3 ou Wave, mais que acessar rádios virtuais ou vídeos no YouTube. Aplicativos musicais podem gerar engenhos de instrumentos musicais, como pianos, órgãos, sintetizadores, instrumentos de orquestra e outros, mas é ainda mais que isso, esses instrumentos podem ser tocados não só através da tela do iPad, nos tecladinhos, cordas ou outras imagens. Teclados musicais em hardware podem ser conectados ao iPad e tocarem engenhos geradores de instrumentos dentro do iPad em tempo real. Mas não só teclados musicais, outros instrumentos, como guitarras, pads, controladores de sopro, etc, podem se conectar ao iPad e tocar musical apps.

Teclado - Cabo USB/Interface MIDI-USB - CCK - iPad
Teclado - Cabo USB/Power Hub - CCK - iPad

2. MIDI

      Como a conexão é feita? Através do protocolo MIDI, e eis aqui um conhecimento fundamental para usar musical apps em iPad, conhecer MIDI. Meu objetivo nesta postagem não é aprofundar os pontos, mas dizer para quem está começando nessa ferramenta o que ele precisa ir atrás para saber. Para conhecer os assuntos com mais profundidade existe muito material na internet e no YouTube, sites, vídeos, PDFs e cursos, muita coisa oferecida gratuitamente, basta entrar no Google e teclar. MIDI (Musical Instrument Device Interface, ou dispositivo de conexão para instrumento musical) é um protocolo  que estabelece regras para que instrumentos musicais se “conversem”, enviem e recebam mensagens, essa é a primeira lição sobre MIDI. Mas apesar de administrar instrumentos musicais, ele não comunica som, áudio, mas mensagens, como comandos de computador. Essas mensagens, quando recebidas por um instrumento musical eletrônico, geram sons, notas, acordes, etc. 
      O MIDI está presente nos sintetizadores desde o início dos anos 1980, o célebre Yamaha DX7 ajudou a popularizar esse recurso. Mas o que o iPad tem a ver com isso? O iPad funciona como um módulo de timbres, aqueles aparelhos que geram timbres, racks que não possuem teclas. Os musical apps ou aplicativos musicais são semelhantes aos VSTs, os módulos virtuais para computadores. Bem, iPad só pode ter as teclas de sua tela, para algo mais real é preciso ligar um teclado musical a ele, essa ligação é feita, dentre outras coisas, através do MIDI.

Teclado - Interface MIDI-USB - Power Hub - CCK - iPad

3. CCK

      Enquanto os computadores precisam de placas ou interfaces para fazerem conexão com teclados musicais e outros equipamentos, e os teclados, por sua vez, precisam simplesmente de cabos MIDI de cinco pinos ou cabos USB para serem conectados às interfaces, o iPad precisa antes de tudo de um adaptador chamado Camera Connection Kit (CCK) para ter um ponto de ligação com ponta USB. Tem uma postagem bem completa aqui no blog sobre CCK, segue o LINK, mas ele é apenas um ponto para ligar o cabo USB. 
      Alguns teclados mais novos já permitemn conexão MIDI diretamente com o cabo USB, nesse caso, um simples cabo basta para ligar o teclado ao iPad, esses mesmos cabos usados para ligar impressora a computador. Existe alguma restrição nos teclados que fazem carga de energia por USB, nesse caso teremos que usar um adaptador especial, diferente do CCK comum, que permite fazer as duas coisas ao mesmo tempo, conexão USB e carga de energia. Outros teclados, contudo, só possuem conexões MIDI convencionais de cinco pinos, nesse caso é necessário uma interface MIDI-USB para fazer a ligação entre o CCK no iPad e o teclado. 
      Existem adaptadores mais completos que fazem tanto a conexão USB para MIDI quanto a conexão de áudio, com saídas de áudio para fones de ouvidos, etc, são interfaces mais caras como as da iRig, da Korg, da Line6 e mesmo as mais completas da Roland e da Yamaha, por exemplo, mas para iniciar um CCK original da Apple, que não é barato, de 30 pinos ou lightning, dependendo do modelo de seu iPad, já basta.

Teclado - cabo USB - adaptador Korg plugKEY - iPad / Fones de Ouvido

4. Canais MIDI

      O protocolo MIDI trabalha com 16 canais, há estudos para aumentar esse número, mas no momento isso é o que é disponibilizado nos equipamentos. Cada canal permite o controle independente de um engenho de som, dessa forma, você pode, por exemplo, abrir 16 engenhos diferentes no iPad, endereçar cada engenho com um canal, e todos esses engenhos podem ser tocados num teclado musical externo ligado via MIDI. Engenhos de musical apps podem ser multitimbrais, assim um mesmo aplicativo pode gerar vários timbres diferentes ao mesmo tempo, nesse caso cada parte multitimbral de um mesmo engenho pode ser endereçada com um canal MIDI específico. Um musical app com multitimbralidade funciona como se fosse vários musical apps ao mesmo tempo. Mas canal é só um tipo de informação que o MIDI trabalha, há também notas, program change, control change, SysEx, etc.

Tabela de CC (Control Changes) MIDI

5. Notas

      Basicamente tudo o que você toca mecanicamente num teclado musical, painel de controle, pedais e teclas, gera uma mensagem MIDI que pode ser transmitida do teclado que foi tocado para outro equipamento. Quando você toca uma nota DÓ central, o MIDI cria um código com três partes: um número que identifica a nota, um segundo número que identica o tempo que você manteve a nota pressionada (o equivalente do MIDI para as figuras rítmicas, da semibreve até à semifusa) e um terceiro número que identifica a velocidade com que você tocou a nota, chamada de "velocity” mas que tem a ver com a força usada na pressão da tecla, que vai definir o volume (de amplitude) do som. 
      Existem mais informações, como o key off, after touch, mas basicamente é isso, com relação à nota, entenda que esse conjunto de códigos é transmitido pelo teclado tocado através da conexão MIDI OUT, que se ligada à conexão MIDI IN de um outro teclado, permite a esse outro teclado receber a mensagem e tocar a mesma nota, com a mesma duração e volume, sem que você ponha a mão nesse teclado. O segundo teclado precisará estar ligado a um amplificador e caixa para que o som seja ouvido. O som do primeiro teclado, também ligado a amplificador e caixa, também poderá ser ouvido, assim, tocando um teclado os sons de dois teclados serão ouvidos misturados. 
      Em tempos onde polifonia e multitimbralidade eram limitadas, na década de 1980, isso era um recurso milagroso para criar-se layers e splits. É importante que se entenda que as informações de nota, duração e volume, são definidas pela mensagem MIDI, mas o timbre que tocará a nota no segundo teclado é o timbre desse teclado, não do primeiro. Repetindo, MIDI transmite mensagens, não sons. Isso faz com que os arquivos MIDI sejam leves, usam muito menos memória que arquivos de áudio.
      SMF (Standard MIDI File) é um padrão que armazena e executa músicas no formato MIDI. SysEx são mensagens MIDI num formato de computador, como linguagem de máquina, em hexadecimal, com SysEx informações muito mais específicas podem ser armazenadas e manipuladas. (A parte física das conexões MIDI compreende ainda a conexão THRU que duplica as informações recebidas no MIDI IN e as envia para um terceiro teclado, se ligarmos a THRU do segundo na IN do terceiro. Dessa forma inúmeras conexões THRU podem ser feitas, permitindo ao primeiro teclado com a conexão OUT usada, controlar inúmeros teclados e tocar layers/splits de inúmeros timbres).

Informação MIDI para as notas

6. Programas

      Além de notas, o MIDI pode enviar também informações de endereçamento de timbres, os chamados patches, singles ou programas, dependendo da marca do equipamento. Três informações são usadas para isso: duas informações CC (Control Change), para bancos, e uma informação PC (Program Change), para o patch dentro do banco. Control change compreende um grupo de dezenas de informações que podem transmitir város ajustes de um instrumento para outro, como master volume, densidade do ajuste que o modulation wheel controla, portamento, pedal de sustain, efeitos, etc. Dentre eles estão dois CC para endereçar bancos de timbres, o 00 (também chamado de MSB) e o 32 (também chamado de LSB). Program change é uma única informação que pode variar de 0 a 127 (ou de 1 a 128), só é usada para endereçar um patch dentro de um banco. 
      GM (General MIDI) é um mapa padrão para endereçamento de timbres, nesse mapa 128 timbres têm posições fixas, dessa forma, por exemplo, o programa 1 num banco GM sempre será o piano 1, 49 o strings, 74 a flauta. Isso permite um instrumento enviar uma mensagem MIDI para outro e as notas serem tocados por um timbre semelhante, sim, semelhante, mas nem sempre igual. Se um teclado Roland com banco GM manda uma mensagem de nota, banco e programa para um teclado Yamaha com banco GM, a nota que foi tocado por um timbre de saxofone alto no Roland será executada por um saxofone alto no Yamaha, mas no Yamaha com o timbre de saxone alto das amostras de instrumento do Yamaha, não do Roland. Repetindo: MIDI só transmite mensagem, não som. Outros padrões, aprimorando, estendendo e modificando o padrão GM original, surgiram e são usados por marcas e modelos diferentes de teclados, como o GS da Roland e o XG da Yamaha. Atualmente o mapa GM tem acesso a bem mais que 128 timbres, cada timbre pode ter variações com endereços distintos.

Relação de velocity MIDI com dinâmica

7. Split e Layer

       Todo teclado, mediante CCK adequado, com sons internos ou não, tendo o protocolo MIDI, pode ser conectado ao iPad e tocar os sons dos aplicativos musicais. Contudo, existe uma quantidade enorme de modelos de teclados, variando, por exmplo formatos de teclas, algumas mais adequadas para timbres de piano, outras para órgãos, outras para pianos elétricos, outras para sintetizadores, etc. Outras características de hardware também variam, como controles do painel frontal, sejam sliders (deslizantes), botões, switches, pitch bender/modulation wheel, breath control, assim como as conexões do painel traseiro, permitindo ligações diferentes de cabos e de uma variedade de pedais, etc.
       Além dessas características de hardware, funções e recursos de software também variam de teclado para teclado, alguns só podem tocar um canal MIDI de cada vez. Dessa forma, se você quiser criar um layer (camadas) de vários instrumentos de aplicativos musicais diferentes, terá que ajustar os canais de recepção dos apps para um mesmo canal, assim, por exemplo, o canal 8 ajustado no teclado, procurará todos os canais 8 dos apps que receberão as mensagens de notas, programas, etc. 
      Alguns teclados, contudo, podem dividir suas teclas em várias zonas, separadas (split) ou em camadas (dual, layer), e endereçar cada zona com um canal MIDI diferente. Com esse recurso, um mesmo teclado pode tocar timbres de aplicativos musicais distintos e usando canais MIDI diferentes (ou partes diferentes de um mesmo aplicativo multitimbral), ao mesmo tempo. Com um único canal ou com vários, pode-se tocar mais de um timbre ou aplicativo musical ao mesmo tempo por um teclado musical externo. Contudo, se canais diferentes forem usados, ajustes de volume, de pan, de quantidade de reverb ou chorus, por exemplo, podem ser enviados com valores diferentes para cada instrumento. Usando só um canal MIDI o volume enviado é um por canal e será transmitido igualmente para todos os apps ajustados para receberem mensagens MIDI nesse canal.

Tabela básica dos 128 timbres GM (General MIDI)

8. No teclado ou no app?

      Um mesmo resultado pode se obter programando o teclado controlador ou ajustando os musical apps, seja na mão, ou através de outros aplicativos administradores (MIDI flow, AUM, etc), vai daquilo que é mais fácil ou interessante para o usuário, 16 canais MIDI podem fazer muita coisa. A função "learn” que existe em muitos musical apps permite programar rapidamente controles do painel de um teclado linkando botões, sliders, swtches, etc, com parâmetros específicos do aplicativo, como ajuste de filtro, velocidade de LFO, ajuste de drawbars de clonewheels, on/off de efeitos, etc. Isso nada mais é que mensagens MIDI SysEx sendo enviadas e armazenadas. 
      Falando em SysEx, esse formato MIDI pode ser usado para armazenar toda a programação de um timbre. Dessa forma, antigos bancos de patches de um DX7, por exemplo, podem ser recarregados em musical apps com engenhos FM de 6 operadores para fazer a execução de timbres com as mesmas características estéticas dos patches do antigo teclado Yamaha. Cito o DX7 como exemplo por ser, talvez, o teclado onde atualmente existam o maior número de programas disponíveis gratuitamente para download na internet, também pudera, seu timbre é eterno,  inesquecível e muito popular.


CCKs (Camera Connection Kit) Lightning e Adaptador da Apple

9. Conheça bem seu set 

       Como colocar todas essas informações MIDI no seu set para que iPad e teclados se conversem? Conheça seus instrumentos, clique em cada botão, virtual ou físico, e entenda a que parâmetros ele dá acesso, que ajustes ele podem fazer e que efeitos causam no som. A língua de sintetizadores e teclados eletrônicos é a mesma para modelos e marcas e há muito tempo. Sim, em alguns casos podem existir pequenas diferenças entre termos, dependendo da marca, mas de maneira geral sao os mesmos. Termos usados em órgãos eletrônicos modernos, por exemplo, já eram usados em órgãos de tubos há cem anos. Parâmetros de síntese sonora são comuns tanto em Casio quanto em Kurzweil e muitos existem desde os primeiros Moog analógicos. 
      Nunca tivemos tanta é fácil informação na internet, gratuíta e em português, como se tem hoje na distância de teclar algumas palavras e dar enter no Google. Leia também o manual de seu teclado, use dicionário inglês-português se necessário, no mundo moderno ter um conhecimento básico da língua inglesa é condição sine qua non de sobrevivência. Apareceu alguma palavra em português que você não sabe, como “sine qua non”? Use o dicionário de português, mas saia da zona de conforto e cresça, a tecnologia não para de apresentar novas soluções para todas as áreas da vida. 
      Informações MIDI que eu citei aqui, como control change e program change, existem em qualquer teclado com o recurso mínimo de controlador MIDI, abra o menu de configurações e edições no teclado e descubra-as. Se MIDI estabelece um diálogo entre equipamentos, alguém deve falar e alguém deve ouvir, o teclado, via de regra “fala”, isto é, transmite mensagens MIDI, e o aplicativo musical ligado no iPad “ouve”, recebe as mensagens. O mínimo necessário para que esse diálogo ocorra é ambos estarem com o mesmo canal MIDI acionado, pelo menos um. Mensagem MIDI transmitida no canal 1 é recebida pelo musical app com o canal MIDI 1 ligado. Intere-se também dos endereços de cada timbre dentro de um aplicativo, teclados sempre trazem no final de seus manuais uma relação dos timbres com o endereçamento MIDI. As três informações são compartilhadas em algum lugar, o conteúdo do CC 00, o conteúdo do CC 32 e o conteúdo do PC para cada timbre. Em apps com menos timbres, às vezes só PC é usado. 
      Mas você também pode ajustar volume do aplicativo através do teclado, dentre outros ajustes, enviando para o canal MIDI do app um conteúdo no CC 7, os conteúdos são sempre de 1 a 128, veja o mapa de CC que compartilhei aqui. Tudo isso está nos parâmetros do teclado e no aplicativo musical que você estiver usando, salvo limitações como as que citei acima, limite de zonas no teclado e modo multitimbral ou não do musical app.

Interface MIDI-USB Roland Edirol UM-1ex

10. A ferramenta do presente!

      O que um iPad da Appel tem de especial? Um processador que pode executar vários engenhos de instrumentos musicais com um tempo de latência quase inexistente, o que não ocorre com tabletes de outras marcas, mesmo com os mais caros. Um processador aberto que pode abrigar ao mesmo tempo um engenho emulador de sintetizador Moog, em engenho clonewheel de um órgão Hammond B3, um teclado baseado em waves da Roland, da Yamaha, etc. Esses engenhos vêm em musical apps relativamente baratos, menos de cem reais, e mesmo assim podem produzir sons de Grand Piano ou de Pianos Eletromecânicos com realismo, peso e minuciosos detalhes de programação e customização. Ele só precisa de um teclado musical para ser ligado a ele, e aí o músico escolhe o teclado que gosta e que pode adquirir, desde que tenha um CCK e um cabo USB ou uma interface MIDI-USB. 
      Mas DJs e outros músicos também podem conectar pads e outros controladores para tocarem loops de samples, baterias, percussão, etc. Guitarristas também podem conectar guitarras convencionais num iPad, usando interface de áudio para melhorar a qualidade da conversão A/D ou plugando a guitarra diretamente na entrada de microfone do iPad (através do uso correto de um cano P3), e usar iPad como gerador de multiefeitos de qualidade, simuladores de amps, etc. Um iPad também pode ser usado para controlar remotamente mixers, iluminação, e tantos outros recursos, tudo num equipamento leve, rápido e com total interação com a internet e o mundo virtual.
      Na postagem deste LINK fiz uma comparação resumida de alguns modelos, dê uma olhada, mas é importante saber que desde o iPad 2 de 2011, já era possível ter bons aplicativos musicais num iPad com mínima latência. Pra nossa sorte, ainda existe iPad 2 em bom estado de conservação por aí e com preço baixo. Mas não só o iPad 2, modelos ainda mais novos podem ser achados na faixa de mil e quinhentos reais, que módulo de teclado você acha por esse preço? Não um módulo que pode instalar ao mesmo tempo um Hammond, um Rhodes, um Moog, um Yamaha e um Roland, assim o custo-benefício de uma iPad, que não seja o último lançamento, para uso de músico instrumentista é muito bom. 
      Infelizmente, muito músico brasileiro, sempre tão sofrido com o custo tão alto de bons instrumentos, ainda não entendeu isso. Ou acham que é ferramenta cara como são os computadores Mac, ou acham que tem muito latência, como tabletes e celuares que não são da maçãzinha. Contudo, modelos de iPad mais antigos têm alguns limites, não aceitam musical apps com atualizações para versões mais novas de iOS (o sistema operacional do iPad), assim como podem executar menos aplicativos simultâneos. Alguns aplicativos até rodam em iPad antigo, mas engasgam na poilifonia, principalmente em timbres de piano com muitas notas tocadas enquanto o pedal de sustain está pressionado, carga de samples maiores também são mais demoradas. Mas mesmo assim, muita coisa se faz com iPad 2, 3, 4, Mini, etc. É algo que o músico precisa entender, acreditar e começar a usar, musical apps em iPad, não é o futuro, mas o presente que já está aí! 

José Osório de Souza