sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Yamaha Steinberg UR22 mk II


      É conectar e funcionar, sem complicações, sem drivers, sem uso de computador para configurar: interface de áudio e MIDI, monitoramento sem latência, resolução de 24-bit e taxa de amostragem de até 192 kHz. Carcaça resistente de metal, função Loopback para performances ao vivo na internet. Cubasis LE free: versão com 4 pistas de áudio, 4 para MIDI, 25 instrumentos virtuais, mixer e 4 efeitos.
      Áudio: 2 inputs XLR/TRS com controles individuais de ganho, 2 Class-A D-PRE mic preamps, ajuste Hi-Z para conexão de guitarra ou baixo, ajuste 48 V phantom para mic condenser. 2 outputs e saída para fones de ouvidos com volumes individuais, controle de balanço entre som de instrumento externo e interno de app do iPad. 
      MIDI: Pin IN e OUT e USB, para ligar cabo ao adaptador Apple USB 3, fazer conexões MIDI e receber carga de energia. Porta 5 V DC: para ligar a fonte ou bateria externa, interessante para conexão com iPad usando CCK (Camera Conection Kit) não energisado, um switch permite selecionar uso da porta ou da conexão USB, funciona como on/off. 

      Limitação ou decisão de design? A UR22 mk II  não faz monitoramento estéreo dos instrumentos que entram pelas inputs, assim se quisermos ouvi-los em estéreo, devemos usar as saídas de linha através de mixer e não as de fones de ouvidos. Mesmo assim, som dos instrumentos externos depois de gravados, vindo de DAW, como o som de apps internos do iPad, saem estéreo. 
      Usando o musical app AUM, por exemplo, com fluxo com entrada e saída pela interface (com o botão de ajuste “mix” da interface todo em “daw”), o som de instrumentos externos que entram pelas inputs tocados em tempo real também sai estéreo pelos fones.


      Enfatizei uso da interface com iPad, que é o tema aqui do espaço, mas a interface funciona também com computador, Mac e Windows. No fórum do suporte da Steinberg tem uma discussão sobre monitoramento pela interface. A review do Matthew Loel T. Hepworth da AskAudio, de 2015, ano do lançamento, nem contempla o Apple USB 3, mas é bem completa. 


Qual o papel de uma interface ou placa para conexões em iPad? 

      Acho interessante usar uma boa interface como mixer geral, tanto de entrada como de saída, tanto de áudio como de MIDI. Mas será que uma placa melhora de fato o som ou retira latência MIDI? Podemos fazer dois tipos de conexões com o iPad, um mais simples, que é o básico e suficiente para a maioria dos usuários, e um mais avançado. O simples seria o seguinte:

- MIDI in: para ligar um teclado externo para controlar o iPad e assim tocar os timbres de apps no teclado. Para isso basta um adaptador Apple CCK (30 pins antes do iPad 4 e lightning a partir do iPad 4) e um cabo USB simples ou uma interface simples (dessas em cabos, com uma ponta USB e a outra com dois MIDI 5 pins, Input e Output).

- Áudio out: para ligar o som produzido pelo iPad a amplificador externo ou fones de ouvidos. Para isso basta um cabo com um ponta P2 estéreo (para ligar ao iPad) e outra ponta com dois P10 monos ou outro tipo para ligar em mesas ou caixas amplificadas. Veja que essa conexão é muito boa em iPad.

      O avançado seria as duas conexões anteriores mais as seguintes:

- MIDI out: para que o iPad posso controlar equipamentos externos, como teclados e módulos em hardware. Nesse caso também pode bastar um adaptador Apple CCK e um cabo USB simples ou uma interface simples, usando-se além do MIDI in o MIDI out.

- Áudio in: para entrar no iPad o som de um instrumento externo como microfone ou guitarra, e assim usar aplicativos de efeitos. Nesse caso também é possível usar a entrada de microfones do iPad, através de um adaptador que conectado no iPad separa saída de fones de ouvidos de entrada de microfone.

      Quando você precisar usar tudo o que foi citado junto, uma interface facilita, já que usando só a conexão 30 pins ou lightning do iPad, ligando-a à interface por um simples cabo USB, ligamos todo o resto na interface, não no iPad. MIDI in, MIDI out, saídas de som para mesas, entradas de microfone e guitarras, mais monitoração direta por fones de ouvidos e fornecimento de energia, tudo pode ficar na interface. Veja que estamos falando de uma interface que permite tanto conexões de áudio quanto de MIDI, que nesse caso também pode necessitar de um adaptador Apple USB 3 que tanto faz a conexão MIDI/áudio quanto da fonte de energia do iPad.
      Tem uma questão bem comum, em se tratando de “placa” com iPad, ela diminui ou não a latência? Muitos acham que sim porque em computador isso ocorre e ocorre porque em desktop existe compartilhamento de processamento. Mas isso não acontece no iPad, ele é independente, e mesmo a melhoria de áudio nem pode ser considerada. O iPad já tem conversores de A/D excelentes, contudo, se for fazer um uso mais avançado, como o descrito acima, uma interface ajuda, é muito melhor que ter uma série de adaptadores e cabos conectados à fina tela do aparelho, isso tudo fica na interface, no iPad fica só o CCK com o cabo USB.

2 comentários:

  1. Olá! Estou muito feliz em ter encontrado esse blog. Toco bateria acústica junto com um amigo baixista. Usamos samplers e loopings gravados "ao vivo" do baixo, para que meu amigo possa tocar a guitarra em cima do baixo gravado. Atualmente utilizamos o computador para isso, o que não é nada prático. Estou estudando a possibilidade de usar o Ipad junto com uma interface, mas tenho uma dúvida. É possível gravar a bateria com um microfone e o baixo com a entrada de instrumento, mas enviar para a monitoração somente o baixo. Como a bateria é acústica, não preciso da monitoração (retorno) dela. Muito obrigado

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    1. Obrigado por interagir por aqui, por favor, para mais informações entre no grupo Músicos que usam iPad do Facebook e deixe num post novo a tua pergunta, o link está aqui no blog ( https://www.facebook.com/groups/musicosqueusamipad/ ), te aguardo lá, obrigado.

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