quarta-feira, 31 de julho de 2019

App Korg iPolysix - timbres vintage em 8 partes mais sequencer

      App KORG iPolysix, outro engenho da Legacy Collection para iOS cheio de recursos. Os timbres são poucos, 50 de fábrica (podiam ser mais), mas são os clássicos, leads, pads, baixos etc, que a gente procura e gosta em engenhos de sintetizadores (digitais e emuladores de analógicos). Quando digo clássicos é que não são esses mais contemporâneos, mais “fx”, ambiências, que as vezes formam quase que a maior parte da biblioteca de muitos apps.  O engenho é simples, um oscilador, 6 vozes de polifonia, um ADSR, e ajustes básicos de filtro, LFO e pitch, mas com arpejador, unison e chord que empoderam o timbre, mais 28 efeitos por parte (2 simultâneos nas partes drums&percs) e 28 masters, que através de telas intuitivas (e belas) entregam um aplicativo fácil e prazeroso de trabalhar. 
      Mas ele é mais que isso, é um pequeno DAW com oito partes multitimbrais que podem ser acessadas externamente individualmente por canais MIDI diferentes, tanto por hardware, quanto por AUv3 MIDI, por exemplo. Testei com o Rozeta Bassline dentro do AUM e tive acesso às partes por instâncias diferentes com canais MIDI 1 a 8. Em relação ao hardware original dos anos 80, o app equivale a dois teclados Polysix mais uma drum machine, assim são duas partes de timbres de sintetizadores (escolhidos entre os 50 factory) mais 6 partes de peças de bateria, percussão e outros timbres (mais 50 factory). Nas 6 Drum parts podem ser escolhidos também timbres de baixos, acordes e outros, não só drums&percs. 
      O sequenciador interno do iPolysix (o Korg Polyseq) é muito fácil de usar, diferente de sequencers de outros apps que desanimam só de olhar, e permite não pequenas frases ou músicas curtas, mas produções inteiras e longas. 32 patterns de até 64 steps podem ser combinados em 100 compassos numa tela matriz, repito, muito fácil de usar. Parâmetros como tamanho de nota e swing permitem criação de linhas rítmicas ricas e variadas. A tela Korg Mixer-8 (com um visor com VU estéreo tipo “analógico” charmosíssimo) permite masterização de tudo isso. O app tem o recurso Kaoss Pads para manipulação do som na tela do iPad e gravação dos controles para automatizar ajustes em patterns e songs. 
      O ponto negativo é aquele comum a todos apps Korg, é fechado, não podemos usar seus recursos em DAWs (a não ser obviamente com o Korg GadGet), ainda que possa ser usado em roteadores como o AUM, disponibilizando inclusive as 8 partes multitimbrais por canais MIDI diferentes (de 1 a 8). Se ao menos sincronizasse clock e respondesse ao start e stop do roteador já seria bem legal. Continuamos esperando a boa vontade da marca, que ainda assim, entre as marcas tradicionais de hardware, é a que mais sacou pra onde caminha a música entregando uma coleção magnífica de musical apps para iOS. 





Nestes dois vídeos 
8 instrumentos em 8 pistas pelo sequenciador interno



Neste vídeo além de 4 partes drum&percs, 
4 instrumentos melódicos foram usados, 
incluindo piano Wurlitzer bem funcional, 
com automação de volumes em Drum 3 e 5

Nos vídeos, composição e programção:
José Osório de Souza 
Áudio gravado pelo app AudioShare

Tutorial - App iM1: combinando programas

Modo Combi (Combinação)
 
Modo Multi
Modo Program (Programa)


(Se estiver com dificuldade para tocar o aplicativo por teclado externo, veja no item 9 como fazer ajustes MIDI, mas pode tentar ajustar o teclado com canal MIDI 1 de transmissão).

1. A primeira coisa é entender a estrutura do aplicativo Korg iM1: tanto uma Combinação quanto o Multi são formados por 8 Programas, mas com duas diferenças: no Multi os efeitos podem ser ajustados individualmente assim canais MIDI diferentes podem ser assinalados para cada Programa, dessa forma o Multi disponibiliza multitimbralidade de 8 timbres com canais MIDI, ideal para usar como módulo gerador de playback de músicas MIDI ou em DAWs. Um programa é um Multisound (Single Program), dois Multisounds (Double Program) ou um Drumkit (programa de bateria e percussão). Tanto pelas combinações do modo Combi quanto no modo Multi pode-se fazer mistura de timbres, pode-se também usar o modo Combinação como um módulo de som multitimbral assim como usar o modo Multi para criar um único som como uma combinação. Neste exemplo vamos ver como combinar programas no modo Combi.



2. Se desejar editar o modo Multi que permite que o iM1 funcione como um módulo multitimbral, convém inicializar antes a memória. Para isso clique em File (no topo à esquerda), depois em NEW, depois dê um nome a sessão e então clique em OK para iniciar uma nova seção.



3. Mas voltemos à edição de uma Combi, o app Korg iM1 abre na última tela usada na última vez que foi aberto com últimos ajustes e edições, assim clique em COMB (no topo à direita) e depois no nome da Combi (no topo no centro) para entrar na tela com as bibliotecas de Combinações. Os bancos USER 1, 2, 3 e 4 e LIBRARY 1, 2, 3 e 4 são memórias do usuário que podem receber memórias editadas, todas as outras, Cards, Disks etc, são presets que não podem receber novas memórias pelo comando Write. Para criar uma nova combinação de programas, o mais fácil é escolher uma Combi próxima a que se deseja e então editá-la, assim clique na Combi que quer ajustar. 



4. Clique em SEARCH (acima no centro) para ver as Combi por família de instrumentos, depois clique numa das famílias listadas (acima da lista de Combis). Vamos escolher, neste exemplo, família Piano, e depois clicar em Piano+Strg (fim da 4ª coluna).



5. Clique uma 2ª vez sobre Piano+Strg para entrar na edição, depois clique no ícone com 4 pontos e 4 barrinhas (à esquerda, na linha PERFORM MIDI MASTER FX) para ter acesso à lista de Programas por Combi. Com o ícone mudando da cor cinza para verde claro, o modo Multi estará aberto para edição dos Programas.


6. Na 1ª coluna, com números de 1 a 8, clique em um dos 8 números para escolher o Programa dentro da Combi que deseja editar. Como escolhemos uma Combi com dois programas já ocupados, vamos clicar no 3º programa, que está livre (com ___ no lugar do nome), para combinar outros timbres com os timbres de Piano Acústico e Pad Strings. Clique no ON desse Programa para habilitá-lo dentro da Combi.


7. Clique em ___ (underlines) para acessar a biblioteca de Programas. 




8. Vamos escolher um Program de Piano Elétrico para combinar com o Piano Acústico e o Pad Strings, para isso, escolha a opção SEARCH (que já deve estar pelo último uso), clique em Keyboard e depois em E. Piano 4 (1ª coluna). Clique novamente para voltar à edição de Programas por Combinação. O mesmo procedimento pode ser feito para alterar um dos Programas anteriores pré-escolhidos. Nessa tela, use o parâmetro LEVEL para ajustar os volumes dos Programas.


9. Clique em MIDI (acima e à esquerda) para fazer ajustes relacionados a como os Programas dentro da Combinação serão tocados por teclado externo. Na coluna MIDI CH ajuste o canal MIDI dos Programas, eles devem casar com os canais usados como SEND (transmissão) no teclado externo que estiver usando. Se usar canais diferentes nos Programas, você pode acessá-los por regiões diferentes no teclado, mesmo sem criar zonas de split no iM1. 



10. Use as barras KEY ZONE (passando o dedo no início ou no final delas) para definir zonas de split. O mesmo pode ser feito com as barras VELOCITY ZONE para ajustar em que sensibilidade de teclas um Programa pode ser tocado. Use o parâmetro TRANSPOSE para descer ou subir a oitava do Programa a nível de nota, passe o dedo do centro para à esquerda (para graves) ou do centro para à direita (para agudos). 






11. Concluídas as edições podemos salvar a nova Combi numa memória de usuário, para isso clique no nome da Combi (no topo e no centro) para voltar à tela com as bibliotecas de Combis. Clique em WRITE para acessar as memórias de usuário e escolha um dos 8 bancos (LIBRARY 1, 2, 3 e 4 e USER 1, 2, 3 e 4 acima à esquerda, passe o dedo para ver os 8 bancos). Clique em uma das 50 memórias (a princípio com nomes Init Combi), então clique novamente para poder dar uma nome à memória e encerre a digitação.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Tutorial - App iWavestation: criando performance (nível inicial)


1. Entrando o app inicialmente na tela “Waveseq”, clique no nome da performance no topo no centro para entrar na tela com as listas de performances. Na lista na tela, escolha uma performance que pode servir de guia para criar uma nova performance. Editar uma performance pronta semelhante à que se deseja criar é mais fácil que criar uma performance do zero. 


2. Clique em “Mixer” para entrar na edição de performance. Uma performance é formada por vários patches. Se estiver em “Waveseq” pode também clicar diretamente em “Mixer” para ver os patches que compõem a performance.


3. Uma performance é formada por oito partes, cada parte é um patch, em uma ”Part n” clique no nome do patch para ter acesso à biblioteca de patches. Como em performances, temos vários cards com as programações.



4. Selecione card e patch e clique novamente no patch na lista da tela para voltar à tela “Mixer”. RAM, ROM, Card e KLC são presets que não podem ser alterados, USER 1, 2 e 3 são as memórias de usuário que poderão receber write/save de performance ou patch. 


5. Em “Mixer” temos duas telas, selecione-as na barra à esquerda: uma também chamada “Mixer” com muitos ajustes, o “Level” é o principal para ajustar volume do patch.


6. A outra tela é a “MIDI”, nela temos vários ajustes, os principais são “Key Zone”, define a região do teclado que tocará o patch, e “Transpose”, que ajusta as oitavas no nível de notas (+12, 1 oitava acima, -12, 1 oitava abaixo, e assim vai). Isso permite criar pontos de split ou layers de timbres. 


7. Em “File”, no topo à esquerda, temos várias funções, uma delas é a “Export Sound Data” que permite que os três bancos USER sejam salvos de uma vez, use isso se precisar importar performances e patches para salvar antes seus ajustes pessoais.



8. Você pode também editar uma performance a partir de uma memória inicial, para isso use outra função que está em “File”, “Create new performance”, clique em “EP” para um inicialização mais simples. Depois clique em qualquer ponto da tela fora dessa aba para voltar a “Mixer”.



9. No final da edição salve a performance em um dos três cards “User”, para isso clique em “Write” no topo no centro, escolha uma memória e clique em “OK”.


10. Essa é uma edição primária das performances, mas o iWavestation permite edição dentro de um patch (clicando em “Edit” no patch de uma parte). Nesse nível mais avançado podemos selecionar 4 sequências de várias waves em cada uma das 8 partes, montando uma linha musical que soará em loop de acordo com a afinação das notas tocadas.

#músicosqueusamipad 

App Animoog para iPhone no iPad



      O musical app Animoog versão para iPhone usado no iPad, solução bem barata para quem quer o engenho. A versão para iPad custa R$ 112,90*, a versão para iPhone custa R$ 18,90* e roda bem no iPad, com bom tamanho de tela, timbres e MIDI in (sem compra adicional). Mas se adquirir a Vintage Synth Expansion Pack por mais R$ 10,90* (são mais 114 timbres e 46 presets) você tem uma biblioteca com leads anos 70/80 excelentes, mais eficiente que o banco inicial do musical app Minimoog Model D que custa R$ 54,90*, em termos de timbres solo mais puros. Algo bem bacana no Animoog é seu painel, poucos botõe, mas grandes e eficientes, ao invés daquela infinidade de knobs, entrega facilidade para manipulação em tempo real permitindo expressividade poderosa de sonoridade de synth analógico, as possibilidades são enormes. Acionando MIDI CC Mapping em Setup/MIDI dá pra fazer MIDI learn. A limitação é que não podemos escolher mais de uma fonte em MIDI INPUTS usando o app em standalone, assim não dá pra usar teclas de um teclado e sliders/knobs/swtches de um outro controlador ao mesmo tempo. Contudo, roteando pelo AUM, podemos usar várias MIDI ins ao mesmo tempo e contornar o limite original. 



* Preços colhidos no momento da publicação desta postagem

domingo, 28 de julho de 2019

App iBassist com controladores externos


      App iBassist controlado por teclado externo Roland A30 MIDIado no iPad 5 com split de duas zonas: 

- a 1ª zona, à esquerda, controla o musical app iBassist que gera linha automática de baixo com timbre interno conforme o acorde que recebe via MDI;

- a 1ª zona também controla o musical app FM Tines com um E.P.;

- a 2ª zona, à direita do teclado, controla o app Korg Module com um brass;

- o app SoftDrummer faz a bateria sincronizado com o iBassist que ajusta automaticamente um ritmo mais adequado com o andamento;

- o app AUM roteia e grava o áudio de tudo.

      Ajustes no iBassist: na tela principal ligue “Live MIDI In” e nos ajustes MIDI case o canal em “MIDI Detection MIDI Channel” com o canal de transmissão do teclado externo.

      O iBassist é um app pesado, assim usar todos os seus recursos ao mesmo tempo, que inclui enviar uma linha de baixo e duas linhas de acordes que ele gera para serem tocadas por apps externos, causa instabilidades. Mas o set que usei nessa demonstração é bem interessante para se fazer trabalho com vários estilos musicais ao vivo. Os apps FM Tines e Korg Module oferecem bibliotecas bem amplas de várias famílias de timbres eficientes para vários gêneros musicais, juntos dão ao músico boa autonomia enquanto são acompanhados pela “cozinha” de baixo automático do iBassist e bateria luxuosa do SoftDrummer. 



      Nesse outro vídeo, o recurso “Live Pads” do app iBassist controlado via MIDI, iPad 5 MIDIado no pad controller Waldman Nitrogen 16 e na região esquerda do teclado Roland A30. A interação do iBassist com o app SoftDrummer faz com que novos grooves de bateria sejam gerados sempre que uma nova frase é selecionada no iBassist pelos “Live Pads”, para isso basta clicar em “Make Drums”, escolher o SoftDrummer e depois retornar ao iBassist. Órgão tocado na região direita do teclado do app Korg iWavestation. Áudio roteado e gravado pelo app AUM.


Tutorial (com voz) explicando iPad ligado a teclado recebendo notas do iBassist

#músicosqueusamipad

segunda-feira, 22 de julho de 2019

App Korg iWavestation - muito mais que a recriação de um vintage



      Neste vídeo, 27 performances selecionadas com loops de drums, bass e outros, acompanhamentos completos mais instrumentos solos, usando split de teclado, o iWavestation funciona muito bem como arranjador automático com arranjos bem sofisticados. iPad5 MIDI no teclado Roland A30, áudio gravado pelo musical app AUM.



      15 pianos, acústicos, elétricos e layers: um engenho para ganhar status de tudo-em-um preciso ter pianos, bem o iWavestation tem, sim, são timbres vintage, polifonia pequena, mas funcionais (lembrando que o app ocupa 63,4 MB de memória), alguns melhores que os do app Korg iM1, em minha opinião, que combinados com strings, pads, voices e ambiências do app criam timbres bem interessantes.



       Neste vídeo, dois Vintage Korg, o iWavestation e o iM1: ainda soam maravilhosamente bem, o melhor e mais eficiente de um tempo em que as amostras eram pequenas, os processadores lentos, mas os programadores de fábrica eram muito bons! 


      Sim, pianos de sintetizadores vintage baseados em samples do final dos anos 80 e anos 90 eram (e são até hoje) funcionais, porque funcionam bem para uso comum dos músicos, são fortes, claros, ainda que distantes dos reais pianos acústicos eximiamente sampleados e programados atualmente. Isso acontecia com o piano acústico, o timbre mais caro em termos de memória, mas também com os outros timbres, principalmente de instrumentos acústicos. Contudo, a genialidade de programadores das marcas tão famosas daqueles anos faziam milagres com poucos megabytes de amostras. 
      Fabricado entre 1990 e 1994, o teclado Korg Wavestation foi revivido como parte do software para computador Korg Legacy Collection em 2004. Em 2016 ganhou versão para iOS, mas porque o conceito Wavestation é tão especial? Porque ele se aproveita tão bem uma deficiência que acabou se tornando uma virtude, múltiplos e pequenos samples, contudo bem feitos e bem combinados, que entregam, mesmo para o músico atual, recursos muito interessantes para a criação musical. Os loops são o que dá identidade ao engenho, mas ele também tem timbres de todas as famílias para serem usados em tempo real, incluindo pianos acústicos e elétricos, em minha opinião, melhores que do app iM1.
      Na versão iOS são 1500 timbres, 700 waves e 55 efeitos pra serem mixados em performances de 8 partes (com quatro sequências de várias waves por parte, assim existem até 256 elementos sonoros simultâneos) com variadas formas de execução que permitem muitas possibilidades de combinação, expressão e sonoridades. Um “powerful random sequence engine”, o iWavestation é muito mais que um engenho vintage. São 900 presets e 150 user’s num total de 1.050 performances (com a expansão de cards), o tempo de load dos loops é zero, pode-se estar tocando um loop e mudar para outro que a execução é instantânea. Incrível como uma quantidade tão grande de bons timbres é leve.
     O demo do vídeo acima é simples, 4 loops pelo app iWavestation (“Orbits”, “R&B Beats”, “RoundDlySeq” e “Egypt Bt 1”) mais um fantástico program do M1 recriado pelo app iM1 (“Universe”). O resultado é uma ambiência complexa e viva, deliciosa para servir de fundo para jams.  Apesar da Korg dificultar as coisas, sempre fechando seus engenhos, os apps iM1 e iWavestation são prazerosos de usar, remete-nos a um tempo onde cada lançamento de teclado em hardware era esperado e festejado e sempre trazia alguma inovação que nos encantava.



      Neste vídeo o app iWavestation foi usado sozinho com todas as suas 8 partes, 4 com loops (tocados à esquerda do teclado) e 4 com timbres (tocados à direita), iPad 5 MIDI no teclado Roland A30. Áudio gravado pelo musical app AUM.



      Neste outro vídeo, iPad 5 MIDI no pad controller Waldman Nitrogen 16 disparando 6 loops divididos em 3 regiões, áudio gravado pelo musical app AUM, aliás, o iWavestation combina muito bem com MIDI pads, identificando o app como um engenho para música contemporânea, não só como a celebração de um vintage. A multitimbralidade do iWave é fantástica, assim, sabendo ajustar zonas de split e transpose, pode se ter boa autonomia de muitos timbres simultâneos por um host como o AUM, mesmo sem AUv3. 


      Duas linhas de notas enviadas pelo Atom para uma única performance do app Korg iWavestation, veja que não programei bateria, baixo ou outro timbre (e só foram usadas 5 das 8 partes). Ainda que não seja AUv3, com tanta multitimbralidade é possível muita coisa no iWave, ajustando pontos de split, transpose etc.

“Uma breve introdução às sequências de ondas

      A maior diferença entre o iWAVESTATION e os sintetizadores convencionais é sua capacidade de usar sequências de onda. Este capítulo fornece uma breve explicação das sequências de onda e como editá-las. Em uma bateria eletrônica, você pode criar a parte de bateria para uma música, encadeando padrões básicos de ritmo juntos. Da mesma forma, uma sequência de ondas no iWAVESTATION é comparável a uma música que consiste em formas de onda reproduzidas sucessivamente. Uma sequência de ondas permite programar uma sucessão extremamente complexa de formas de onda. O resultado é uma forma de onda em constante evolução que pode produzir texturas ricas e sofisticadas. A ilustração abaixo mostra uma sequência de ondas que consiste em sete etapas. Para cada etapa, você pode especificar um som diferente (forma de onda), além do nível, tempo de ataque e tempo de liberação. Você também pode cruzar áreas sobrepostas entre as etapas para criar continuidade entre as formas de onda. 

Uma sequência de ondas que consiste em sete etapas 

      A ilustração acima mostra o envelope de amplitude geral da sequência de ondas - não as próprias formas de onda. Uma sequência de ondas é normalmente programada com transições suaves sobrepondo-se entre as etapas, como mostrado nesta ilustração. tração. Ao criar um patch no iWAVESTATION, você pode atribuir uma sequência de ondas a cada oscilador. Isso significa que, ao pressionar uma única tecla, você pode fazer com que até quatro sequências de onda sejam reproduzidas simultaneamente. A ilustração a seguir é um exemplo de quatro seqüências de ondas diferentes tocadas simultaneamente. No exemplo mostrado aqui, quase quarenta timbres diferentes são misturados e tocados no tempo que leva para tocar uma única nota no teclado. 

Reproduzindo quatro sequências de ondas diferentes simultaneamente

      No WAVESTATION, cada banco contém 32 sequências de ondas (00–31). Cada sequência de onda pode consistir em até 127 passos. Você também pode tirar proveito de uma ampla gama de possibilidades criativas fazendo um intervalo de etapas de até 126 vezes (uma repetição - 126 repetições) ou continuar a repetir indefinidamente, ou controlando livremente o ponto inicial dentro da sequência de ondas. Uma sequência de ondas pode ser usada da mesma maneira que uma forma de onda convencional, portanto, se o patch contiver quatro sequências de onda, você poderá usar a síntese de vetor para se mesclar bidimensionalmente entre as quatro seqüências de onda. Quando você sobrepõe patches no modo Performance, até trinta e duas sequências de onda podem ser reproduzidas simultaneamente. (A polifonia real dependerá da quantidade de sobreposição entre as formas de onda).”




      Musical app Korg iWavestation em dois iPads ao mesmo tempo: iPad 2 (iOS 9.3.5) e iPad 5 (iOS 12.3.1). Teclado Yamaha S90ES MIDI no iPad 2 via USB+CCK30pins, teclado Roland A30 e pad controller Waldman Nitrogen 16 MIDI iPad 5 via Interface Steinberg UR22 mk II + USB+adaptadorUSB3. Áudio do iPad 2 por cabo P2 stereo nas inputs da Steinberg que entra no iPad 5 e que comunica áudio (envia e recebe) com a Steinberg. O musical app AUM no iPad 5 recebe num fluxo o áudio da Steinberg do iPad 2 e no outro o musical app Korg iWavestation. Assim podemos rotear e gravar simultaneamente áudios de duas versões do iWavestation. Obviamente o uso do iWavestation com muitos elementos sonoros simultâneos não funcionará 100% como no iPad e iOS mais novos, mas com cuidado é possível.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Usando hub para ligar vários equipamentos ao iPad

      Usando hub para conectar mais de um equipamento ao iPad compartilhando MIDI e áudio com interface:

- uso teclado controlador Roland A30, pad controller Waldman Nitrogen 16, interface Steinberg UR22 mk II mais adaptador Apple USB 3 e hub 3.0;


- o iPad 5 está conectado ao adaptador USB 3 com a fonte de energia do iPad ligado nele e à energia (cabo branco);


- na conexão USB do USB 3 está ligada o hub (cabo azul);


- no hub estão ligados, via cabos USB comuns (pretos), a interface e o pad controller;


- o teclado, usando fonte de energia externa própria, está ligado via cabo MIDI 5 pins em sua conexão MIDI OUT à conexão MIDI IN da interface;


      Conexões usadas na parte traseira da interface Steinberg UR22 mk II:
1. Fonte externa de energia de 5V (de celular)
2. Cabo USB comum conectado ao hub
3. Cabo MIDI 5 pinos conectado ao teclado
4. Saídas de áudio que vão para mixer/amps 
      Na frente estão conectados fones de ouvidos mais entradas de áudio, se necessárias, como microfone e instrumentos, que são recebidos dentro do iPad e podem ser processados por efeitos e gravados.

- o pad controller não está conectado à fonte de energia externa, assim, está recebendo energia pelo adaptador USB 3 do iPad;


- contudo, usando os equipamentos que usei, a energia não chegou à interface, pode a interface que usei já que em outras interfaces chega, ou o hub, assim conectei a ela uma fonte 5V (de celular, opção que a Steinberg tem), dessa forma MIDI e áudio chegaram a ela, o áudio mando dela para fones de ouvidos e mixer/amps externos;


- o hub usado usado foi o deste link, em uma loja física saiu R$ 35,00, 4 portas, switches com leds, suportando até 1 TB, repetindo, para as conexões testadas é preciso hub 3.0, no 2.0, para comunicação MIDI até funciona, mas para áudio, não; a diferença entre USB 2.0 e 3.0 é a velocidade, enquanto o USB 2.0 dispõe de 480 Mb/s de velocidade, o USB 3.0 disponibiliza 4.8 Gb/s, ou seja, assim consegue ser pelo menos dez vezes mais rápido na hora de fazer transferência de dados; tanto o modelo 2.0 quanto o 3.0 possuem a mesma estrutura de conector (sendo que o do último possui cor azul), o que permite a compatibilidade de ambos em versões diferentes, como por exemplo usar um USB 2.0 em entrada 3.0 ou vice-versa, obviamente que para dispor da "potência" do 3.0 é necessário usá-lo em uma entrada de mesmo valor.

#músicosqueusamipad

quarta-feira, 17 de julho de 2019

App FM Tines - E.P.s FM matadores em samples


23 E.P.s selecionados


      Temos vários engenhos que recriam os célebres pianos do Yamaha DX7 e outros teclados e módulos das linhas DX/TX da Yamaha para iOS. O KQ Dixie e o Dexed Synth são engenhos originais de síntese FM de 6 operadores. Os apps da AudioKit, FM Player, Synth One e Digital D1, possuem samples de excelente qualidade e com boa programabilidade mais efeitos. Outros apps como o iLectric Piano e o Colossus também possuem grandes sons de E.P.s, sem falar do Korg Module e do Neo-Soul Keys Studio da MIDIculous. Os de síntese FM original são autênticos para os puristas, os da AudioKit são pesados e ainda têm alguma latência (mínima para iOS). 

      Contudo, os E.P.s do FM Tines apesar de baseados numa biblioteca enorme de amostras, são leves, são deliciosos de tocar, respondem a sensibilidades complexas e que lhes confere uma tocabilidade com possibilidades enormes de expressão, do PP ao FF, arpejando, solando ou batendo acordes. O FM Tines é muito bom, campeão no gênero, prazeroso de ouvir, chega onde queremos, mais que uma celebração do DX7, uma exaltação aos sintetizadores baseados em samples que recriaram o DX7 com multiplos efeitos e muita expressividade, E.P.s presentes em tantos hits que amamos e não nos esqueceremos do final dos anos 80 e anos 90. 

      Românticos e tecladistas gospel encontrarão no FM Tines o timbre de E.P. que desejam, sem dúvida.


FM Tines na AppStore

segunda-feira, 1 de julho de 2019

App Pure Synth Platinum para iPad

O Synth/Rompler Completo n. 1 para seu iPad

  • • 650 Presets
  • • 1,000 Sons
  • • 21619 Amostras 
  • • 8.11GB (6.0 GB comprimidos)
  • • 100 Wavetables



      Timbre “Grand and Stringbell” com 3º tone alterado para “DX Attack 1”, MIDI learn no Waldman Nitrogen 16 e notas pelo Roland A30. Dica pra edição facilitada: escolha um timbre parecido com o que deseja e mude pouca coisa, usei um timbre que já combina piano, strings e bell, aí só mudei a wave ”Bell” do 3º oscilador para “DX Attack 1”, pra trazer uma sonoridade DX7 EP pra combinação, estendi também a “key range” dele para toca-lo em todo teclado.



    • Usando duas instâncias AUv3 no app AUM: Concert Grand e DX Dream Tine.
      Composição e execução, José Osório de Souza.



Todos os 22 timbres do banco original de fábrica “01 Acoustic Piano”.



Seleção de 22 E.P.s dos bancos “02a Electric Grands”, “02b Keys Layers” e “03 Electromechanical EPs”.



Os 26 órgãos originais do banco “04 Organs”.



Todos os 29 timbres do banco “11 Strings - Ensemble”.



Todos os timbres dos bancos “10 Strings - Solo” e “17 Strings - Pizz and Plucked”.



Seleção de 22 timbres do banco “12 Pads & Synth Strings”.



Todos os timbres do banco “13 Voice and Choirs”.



Todos os timbres dos bancos “14 Brass - Solo” e “15 Brass - Ensemble”.



Todos os 33 timbres dos bancos “16 Woodwinds - Saxophones”, “18 Woodwinds - Other Reeds” e “19 Woodwinds - Flute and Blown”.



Todos os 45 timbres dos bancos “16 Brass - PolySynth”.



Todos os 43 timbres do banco “21 Synth - Leads”.


Todos os 47 timbres do banco “22 Synths”.


Todos os 75 timbres do banco “09 Bass - Synth”.


Timbres selecionados dos bancos “07 Bass - Acoustic” e “08 Bass - Electric”.



Todos os 16 timbres do banco “05 Guitar - Acoustic”.



Todos os timbres dos bancos “06 Guitar - Electric” e “20 Tuned Percussion”.



      Três instâncias do musical app Pure Synth Platinum, Concert Piano, Classical Horns e Boys Choir Worship, gravadas pelo musical app Beatmaker 3, áudio final gravado pelo musical app AudioShare, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI no teclado Roland A30. Composição e execução, José Osório de Souza.

Um “tudo em um” pra brigar com o SampleTank?

      Caminha para isso, já que no momento o Pure Synth exige iPad novo para funcionar, da 5ª geração em diante, além de ocupar muita memória (6 GB). Mas tem vantagens sobre outros engenhos “all in one”, como soundfonts players e DAWs com timbres internos. Não podemos avaliar seu custo beneficio porque ainda está com um preço promocional, informado como sendo a metade do valor real, app inicial mais seus quatro packs de samples, R$ 37,90. Isso está muito barato por tudo o que oferece:

- é um tudo em um porque tem variedade de timbres, pianos acústicos, eletromecânicos, FM E.P.s, instrumentos sinfônicos, mais baixos, órgãos, sintetizadores, etc; tem um painel básico de ajustes de sintetizador onde quatro osciladores podem ser usados sobre um vasto banco de waves, um mixer com MIDI learn pode ser utilizado para ajustes dos osciladores facilitando uso ao vivo;

- os timbres são bons? os pianos acústicos, dentro de uma característica dos apps da MIDIculous que é a sonoridade dos equipamentos em hardaware dos anos 1990, são bons o suficiente, mas alguns são muito bons, como os eletromecânicos e elétricos, Rhodes, FM Tines, CP70 etc; os instrumentos de cordas sinfônicos são profissionais, nos strings achamos os timbres que buscamos e que procuramos mesmo em apps mais caros e não encontramos, os solos e pizzicatos strings são ótimos, cellos e violinos cantantes e realistas; os violões e baixos são surpreendentes, em “acoustic guitars” tem violões nylon, aço e flamenco realistas e deliciosos de tocar, os baixos acústicos para walking bass são excelentes, com diferentes sonoridades, assim como os elétricos, boas amostras, boa programação e interação com teclas; mas a cereja do bolo é o banco “Voice and Choirs”, jazz “scat singing”, várias articulações e vocalizações, soam muito bem;

- os órgãos são “podres” e em se tratando de emuladores do tonewheel Hammond (já que o banco não vem com timbres de pipes e só são mencionados 2 Farfisa, ainda que haja wave de “vox” no banco de amostras) é um grande elogio, leakages e clicks presentes, nesse quesito é importante citar o arsenal de efeitos que o app possui (26 tipos usados em 3 séries de 5 efeitos cada), incluindo ótimos simuladores de rotary speakers (leslie) que funcionam muito bem nos órgãos; de fábrica não acharemos timbres mais limpos e estilo gospel “congregação” (entendidos entenderão), mas é possível programar com o vasto banco de amostras nos 4 osciladores, os originais são gospel afro-norteamericanos mesmo, blues, soul, adequados para música evangélica e profana, como rock clássico, gostei muito dos órgãos, rockeiros e blueseiros acharão timbres eficientes;

- o app tem em engenho dedicado para sintetizador, parâmetros de envelope, filtro, LFO etc, estão presentes, mas os programas que vem prontos abrangem todas aquelas sonoridades clássicas dos synths analógicos e digitais que amamos, os da praia worship acharão os pads e synthstrings tão necessários, com uma enorme variedade e qualidade, mas existem também uma coleção de baixos sintetizados assim como synth leads e poly, aqueles vintage que nos apaixonam no rock progressivo dos anos 1970 e no pop rock dos anos 1980;

- o ponto mais negativo do aplicativo são os timbres solos de trompetes, saxofones e madeiras, junto da ausência de timbres de acordeão, contudo as famílias de pianos, órgãos, strings e synths valem o aplicativo e sobra crédito;

- ele perde do Sample Tank na demora da carga dos timbres, e o Sample Tank permite carga de 8 timbres que ficam disponíveis para uso imediato, obviamente é preciso considerar que no Pure temos acesso a 4 osciladores por timbres, no Sample Tank é só um, isso. torna mais pesado, mas no que o Pure ganha é o fato de ser um engenho aberto, ele é AUv3, que permite ser usado em DAWs e roteadores, podendo chamar várias instâncias dele simultaneamente montando combinações de timbres;

- só vou dizer uma coisa, não achei em em um único app para iOS até agora tanto timbre bom e variado para o trabalho de música mais pop, gospel, enfim, aqueles timbres básicos que a maioria dos músicos brasileiros procuram num teclado ou software.


Dicas

      Os bancos de waves entregam bem mais timbres que aqueles existentes nos programas de quatro osciladores. A dica é abrir os 4 osciladores para construir timbre pelo banco de waves, como nos teclados. No banco de saxofones, por exemplo, não existe programa de sax tenor, mas se abrirmos um oscilador temos waves de sax tenor disponíveis para novos timbres, o mesmo ocorre com órgão vox.
      Para quem tem pouca memória, tente instalar todos os packs uma vez pelo menos, para ficar constado que você adquiriu os packs (e no momento atual, de lançamento, aproveitou a promoção de R$ 37,90 por tudo). Depois você pode apagar os packs e carregar só os timbres que interessa, lembre-se que somente os packs “Factory Content” são necessários para os timbres originais de fábrica, os outros, dos “Additional Sounds”, só são necessários para novas programações de usuário. 
      O recurso “MIDI Learn” do app é fácil e eficiente, para saber se o parâmetro na tela o tem toque o parâmetro e segure um pouco mais o dedo, várias opções serão exibidas, selecione a opção “Learn MIDI CC”, então manuseie qualquer knob, slider, switch etc, do controlador MIDI conectado ao iPad, a interação é estabelecida, finalmente toque na opção “Learn” no iPad para dar ok.