segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O que é preciso para usar dispositivo móvel como instrumento musical

Celular, tablete, iPad, adaptadores, interfaces, teclados, pads, atualmente, as ferramentas musicais vão muito além de instrumentos dedicados, sejam acústicos ou eletrônicos, a separação de cérebro dos membros, de geradores das teclas, não é um conceito novo, módulos em hardware e VSTs em computadores já o usavam, mas os poderosos processadores dos engenhos móveis ampliaram e aperfeiçoaram o conceito, interagindo-o de vez com o mundo virtual, o que precisamos para usar essa ferramenta hoje?

Celular ou iPad

      Dispositivos móveis são celulares, tabletes e iPads (os tabletes da Apple), em primeiro lugar é importante saber que não são necessários dispositivos caros ou de modelos mais novos. Em se tratando de Android, um processador Quad-Core de 1.2 GHz consegue funcionar como instrumento musical com mínima latência e gerando timbres de qualidade. Latência é o empecilho principal no Android, quando ligando um teclado musical ou outro controlador MIDI ao celular ou tablete para se tocar um timbre em tempo real, existe um atraso entre o tocar uma tecla ou pad e a geração do som. Mas já existem engenhos com latência que não atrapalha, mesmo o pianista mais virtuoso, obviamente para Android as opções são bem menores que as oferecidas para o iOS. 
      Um iPad 2 lançado em 2011 com processador duo-core A5 de 1 GHz e com configuração mínima de 16 GB, que aceitou atualização de iOS só até a 9.3.5, com um valor de custo bem baixo, ainda roda bons aplicativos musicais, e como acontece em iOS desde sempre, praticamente sem latência prejudicial à execução de instrumentos em tempo real. É claro que para usar vários apps simultâneos ou gravação de multipistas de áudio, é preciso cuidado, mas nada que impeça o uso de dispositivo móvel como módulo gerador de timbres. Assim, usar a desculpa que pra se ter um dispositivo móvel como sintetizador, órgão ou piano é preciso gastar muito, não vale, com mil reais você tem um “módulo” mais aplicativos de engenhos variados, de marcas diferentes, e de qualidade.

Interfaces, Adaptadores e Bluetooth

      Podemos usar um dispositivo móvel para várias facetas da mobile music, mas poder ligar o celular ou o tablete a um teclado musical e tocar um instrumento é a aplicação mais interessante para músicos, tanto no estúdio quanto no palco. Como acontece com qualquer conexão entre instrumentos musicais eletrônicos, MIDI se faz necessário. Para controladores com conexões PIN convencionais, uma interface MIDI-USB terá que ser usada. Para controladores com conexão USB B fêmea, basta um cabo USB comum, desses usados com impressoras. Para receber a ponta USB A macho da interface ou do cabo USB, um adaptador terá que ser usado. Uma ponta desse adaptador é USB A fêmea, para conectar a interface ou cabo USB, e a outra, dock macho, para ligar ao dispositivo móvel. 
      Contudo, dependendo do dispositivo, a conexão dock pode mudar, celulares Android usam um tipo, tabletes Android podem usar outro, assim como iPhones e iPads podem usar outros. Adaptador USB OTG (“On The Go”) é o nome mais usado para adaptador de dispositivos Android, ele tem um ponta USB A fêmea, para ligar a interface ou o cabo USB, e a outra, um plug Micro USB, para conectar em celulares, ou uma mais larga, parecida com a 30 pinos da Apple, para tabletes mais antigos (semelhante mas não a mesma). Esse adaptador é barato e existe uma grande variedade de genéricos disponíveis, é interessante usar um que fique bem fixo principalmente no celular ou tablete. 
      Para dispositivos Apple, até o iPhone 4S e o iPad 3, usa-se um adaptador chamado de CCK (camera connection kit), é um kit porque a Apple oferecia no pacote dois adaptadores, ambos com uma ponta dock de 30 pinos, para ligar ao iPhone ou iPad. A outra ponta, fêmea, num adaptador é para conectar card, e no outro para conexão de cabo USB. A partir do iPhone 5 e iPad 4, o dock 30 pinos foi substituído pelo Lightning que, além de ser reversível (pode ser conectado de ambos os lados), é 80% menor que seu predecessor. O adaptador USB 3 é um outro modelo original Apple com uma ponta Lightning macho (dock) para ligar ao dispositivo, e a outra com duas entradas, uma é USB A fêmea para conexão de cabo USB (como a Lightning comum), e a outra é Lightning fêmea (dock) para ligar o cabo da fonte de energia. Isso permite usar um teclado musical e carregar o dispositivo ao mesmo tempo, útil para conexão de controladores MIDI ou interfaces que são carregados por USB. Diferentemente dos dispositivos Android, é preferível que se use adaptadores originais Apple ou homologados de marcas conhecidas, evitando-se os “genéricos” e muito baratos.
      O áudio pode ser captado diretamente pelas saídas de fones de ouvidos, para um uso inicial, básico e mais barato (em se tratando de dispositivos Apple, naqueles que tiverem a conexão). Para isso é importante entender o funcionamento de cabo com plug P3, que simultaneamente envia áudio para os fones externos e recebe áudio para o microfone interno do dispositivo, se quisermos não só amplificar o som do iPad, mas também entrar com áudio de instrumentos externos no iPad. Nesse caso podemos conectar, teclados, guitarras ou microfone, ao microfone do dispositivo, para gravar o áudio ou processa-lo com engenhos de efeitos de aplicativos internos.
      Temos dificuldade em achar cabos que fazem essas conexões de forma estável e limpa, com a maioria dos cabos baratos disponíveis, e em se tratando de dispositivos Android, facilmente o celular trava ou suja o som. Por isso interfaces de áudio tornam-se investimentos necessários, mesmo com iPads mais antigos, necessários mas que valem a pena. Uma interface completa, que estabelece comunicação nas duas vias de áudio e MIDI, e que funciona tanto com Android quanto com iOS, pode ser achada a menos de mil reais e torna o setup profissional e confiável. O recurso Bluetooth, contudo, presente nos modelos mais novos de teclados musicais e outros controladores MIDI, estabelece uma interação ainda mais fácil com dispositivos móveis. É um recurso que logo se tornará obrigatório, assim como com eficiência mais aperfeiçoada. Infelizmente, no Brasil, adaptadores bluetooth, ainda têm um custo-benefício proibitivo, o que torna interfaces mais interessantes, mesmo que usando tantos cabos.

Controladores MIDI

      Qualquer teclado com conexão MIDI 5 pinos, mediante interface MIDI-USB e adaptador, pode ser usado, mesmo os bem antigos e baratos. Já usando cabo USB pela conexão USB B fêmea de alguns equipamentos, podemos encontrar restrições, lembrando que se o controlador MIDI estiver recebendo energia por USB, é importante usar o adaptador Apple USB 3, ou então o controlador com fonte externa, se ele tiver essa opção. Esse é um dos aspectos que confere à ferramenta musical app em dispositivo móvel um custo-benefício tão interessante, você pode adquirir um teclado simples a princípio e depois, quando puder, investir mais num controlador adequado ao seu estilo musical, sem perder ou ter que reconfigurar seu setup de instrumentos virtuais. 
      Os fabricantes mundiais já entenderam a relevância de dispositivos móveis como módulos de timbres e outros recursos musicais, assim têm aumentado o número de modelos de teclados e outros controladores MIDI, com interfaces e recurso bluetooth já instalados, para facilitar o uso com iPad, tabletes e celulares. Infelizmente, no Brasil, muita coisa ainda não chega pelas vias oficiais, e se chega é muito cara para o músico profissional nacional, assim é importante pesquisar, usados e mesmo antigos, podem ter custo-benefício melhor, para quem ganha a vida com música e não pode se dar ao luxo de ser só um hobbista profissional que gasta cachê só para colecionar tecnologia cara e de última geração.

Tendo o máximo com o mínimo

      Apps para Android, para dispositivos mais antigos e outros pra dispositivos novos mas gratuitos ou baratos, seguem dicas para quem quer começar com o que tem nas mãos e gastando pouco. No final, princípios básicos de áudio, USB e MIDI, para conectar dispositivos a instrumentos musicais externos. (Alguns apps aparecem em mais de uma lista, outros são eficientes tanto em iOS quanto em Android).

Musical apps para Android:

1. iGrand Piano: a versão inicial é free e já tem alguns bons pianos, biblioteca com modelos variados de pianos, pianos + layers e cravos.

2. iLectric Piano: versão inicial free e com bons pianos eletromecânicos, coletânea bem completa de E.P.s e outros teclados.

3. DX747: excelente emulador de síntese FM de 6 ops com timbres do Yamaha DX7, praticamente sem latência. Existe uma outra versão, gratuíta, a Synth DX7 Piano, também do desenvolvedor Rockrelay.

4. MusicSynthesizer: outro engenho de síntese FM de 6 ops com os 32 timbres originais do Yamaha DX7 mk I e sem latência.

5. Caustic 3: vários engenhos em um app, vários tipos de síntese, sintetizadores, órgão, wave-based, drum machine, sequencer, efeitos, etc...

6. Loopz: excelentes loops de bateria.  

7. J4T Multitrack Recorder: gravador de áudio de 4 pistas com recursos de edição, efeitos, mixagem, conversão, bounce, etc.

8. Audio Evolution Mobile Studio: DAW com bom banco de timbres soundfonts inicial, mais outros bons packs por compras adicionais, podendo usar com interface de áudio e MIDI, também mediante compra adicional. Por +/- R$ 30,00, pack inicial mais recurso para interface, num dispositivo de menos de R$ 1.000,00, temos um tudo-em-um bem eficiente em Android, com latência mínima.

15 Musical Apps num iPad 2 com 16 GB - um exemplo de como podemos ter uma ferramenta eficiente por um custo baixo, pôde-se instalar em 16 GB de um velho iPad 2 o SampleTank, inicial com mais alguns packs (2,1 GB), o Audio Evolution (1,6 GB), o CMP Grand Piano completo (1,6 GB) mais o Neo-Soul Keys pack “Suitcase” (927 MB): como geradores de timbres os apps funcionam bem, obviamente não se pode forçar a barra gravando muitas pistas em DAWs ou abrindo muitos apps em layers, mas dá pra fazer um trabalho ao vivo com biblioteca bem rica e mesmo construir combinações mais básicas:

01. AUM audio mixer: funciona como DAW para misturar apps e criar layers assim como gravador de áudio.

02. AudioShare: trabalha junto do AUM administrando e editando arquivos de áudio.

03. Audio Evolution Mobile Studio: DAW barato, que trabalha com apps externos, mas principalmente, com bons timbres soundfonts com a possibilidade de receber outros, sejam gratuitos ou através de compras internas.

04. SampleTank: o tudo-em-um mais popular do iOS, com biblioteca ampla de timbres incluindo bons e variados pianos acústicos e eletromecânicos.

05. CMP Grand Piano: um biblioteca com menos modelos, mas com a mesma qualidade do gigante Colossus da Crudebyte e que funciona em engenhos mais antigos.

06. Chapel Organ: um pipe organ não baseado em samples, por isso leve, mas poderoso em gerar órgãos de tubos programáveis.

07. Galileo Organ (1): o melhor emulador de tonewheel e rotary speakers para iOS, um verdadeiro Hammond B3 no iPad.

08. Neo-Soul Keys “Suitcase”: um app muito bom por isso pesado, versão mais simples do Studio, mas que carregado só com o modelo “Suitcase” e com a opção “Disable Mechanical FX” (Settings) ligada ou usando o mínimo dos emuladores de ruídos mecânicos funciona no iPad 2.

09. KQ Dixie: engenho FM de 6 operadores definitivo para iOS, podendo receber as centenas de SysEx gratuitos para download existentes na internet dos antigos teclados e módulos DX/TX da Yamaha.

10. Poison-202: emulador dos sintetizadores clássicos como Moog e outros dos anos 70 e 80 com excelentes programações de timbres.

11. myBAND: um real time arranjer com 32 estilos, 16 timbres “lower”, mixer dos 10 instrumentos das 6 partes do arranjo, efeitos, gravador, etc.

12. AutoPad: gerador de layers através de pads ou do teclado, é gratuito, útil para gerar uma camada infinita enquanto sola-se em cima.

13. Launchpad: pads disparadores de loops de baterias e instrumentos, com packs iniciais gratuitos..

14. SoftDrummer: samples e patterns de alto nível de bateria, realismo incrível, pesado por isso exigirá mais cuidado quando usando com outros apps.

15. DM1: drum machine com vários kits de bateria/percussão, acústicos e eletrônicos, mais instrumentos para criar patterns e songs.

20 musical apps free ou baratos para iOS:

01. iGrand Piano Free: grátis 

02. iLectric Piano Free: grátis 

03. SampleTank CS: grátis 

04. Syntronik CS: grátis com alguns timbres iniciais, emulador baseado em sample de muitos sintetizadores vintage.

05. FM Player: grátis com bons samples de timbres das Yamaha DX/TX series, incluindo pianos DX7, iOS 10 ou superior.

06. MKSensation: grátis com 3 instrumentos iniciais, 2 pianos e 1 brass, iPad4 ou superior.

07. Launchpad: grátis, loops de baterias e instrumentos pra EDM e jams.

08. Launchkey: grátis, timbres de synths e arpejador.

09. Korg Gadget LE: versão inicial grátis com alguns recursos, timbres, sequencer e bateria.

10. AudioKit SynthOne: grátis, com variedade de synths layers, leads e outros, com arpejador e efeitos.

11. StrandOrgan: grátis, excelente órgão de tubos.

12. Yamaha FM Essential: grátis, timbres e bateria.

13. SynthMaster Player: grátis, vasta biblioteca de timbres variados. 

14. GarageBand: vem instalado no iPad mas com versão pra free download apenas para últimos iOS.

15. iSoundBank: R$ 3,50*, toca SoundFont, vem com um banco GM que quebra um galho.

16. KQ Dixie: só R$ 12,90*

17. Galileo Organ 1: R$ 16,90*

18. Audio Evolution Mobile Studio: R$ 22,90* por DAW, gravador MIDI e de áudio, mais banco GM de bons soundfonts..

19. Bismark BS-16i: R$ 24,90*, banco GM, 16 timbres simultâneos, aceita novos SoundFonts, disponíveis para download gratuito na internet.

20. Poison-202: R$ 32,90*

MIDI: para saber mais sobre sua utilização ligando teclados musicais externos com celulares e tabletes com apps de instrumentos musicais, veja post MIDI no blog Músicos que usam iPad. 

Conexões e Plugs: para saber mais sobre conexões e plugs, veja post Conceitos Básicos no blog Músicos que usam iPad.

* Os preços dos aplicativos foram informados pela AppStore no momento da postagem, mas estão sujeitos a alterações.


José Osório de Souza - 6/11/2018

Musical apps em iPad - Sim, têm limites também! (parte 2)

      Temos defendido a ferramenta ”instrumentos musicais em iOS” pelo custo beneficio, iPads que não os tops Pro estão com preços bons no Brasil, e os mais antigos e de 2ª mão como os Air e o iPad4 com custos ainda mais interessantes. Além disso excelentes apps não custam caro, junte-se isso a um teclado controlador MIDI usado ou mais em conta, e a ferramenta ganha em eficiência e qualidade melhor que de muito teclado em hardware ou teclado controlador + módulos ou VSTs em computador.
      Contudo, a ferramenta tem, sim, seus limites, principalmente usando muitos apps baseados em samples de mais qualidade simultaneamente. Os apps da Crudebyte são exemplo disso, combinar no AUM um piano do Colossus com um strings do iSymphonic pode ser instável. Outros, como por exemplo o Syntronik, funciona bem em várias instâncias no AUM, mas depois de programado. Durante a programação, escolha de timbres etc, ele pode ser instável e desligar o AUM do nada. 
      Outro limite que a maioria já entendeu, é dos próprios apps, aplicativos completos em timbres como o SampleTank e Korg Module podem ter dificuldades para serem usados com outros apps, como no MIDIflow e AUM, são mais eficientes se usados sozinhos. Penso que não existe vantagem usar administradores de apps que tenhamos que fazer muitos ajustes na mão depois de chamar as programações, ou fazemos direto tudo na mão ou deixemos o administrador fazer tudo. 
      É preciso também entender o que é mais eficiente, programar o app, o administrador ou o teclado MIDI. Com relação ao teclado, lembro que conhecimento básico do protocolo MIDI ainda é de suma importância para programar diversos timbres e apps num único teclado. Clique neste link para post do blog “Músicos que usam iPad” com noções básicas de MIDI. Assim, tenhamos inteligência com noção e sempre buscando boa informação democrática, ouvindo várias opiniões, para achar o custo beneficio que atende melhor a cada necessidade. A tempo, nos demos sempre ao trabalho de estudar seriamente as ferramentas que usamos, que é mais que assistir vídeos de “tutoriais”. Leia neste link outro texto sobre o assunto.

Zé Osório

Usando apps ao vivo com o app AUM

     É rápido chamar apps ao vivo, combinar timbres? Com o AUM fica mais fácil, veja o vídeo.



      App AUM chamando apps KQ Dixie, BeatHawk, Syntronik e Bismark BS-16i, todos com três combinações de timbres cada um, para vermos o tempo de carga para usar ao vivo. Gravação feita em tempo real, sem cortes ou emendas, áudio gravado e mixado pelo AUM e imagem gravada da tela pelo iPad 5 MIDI Roland A30. Todos os ajustes registrados e feitos pelo AUM, nada foi feito nos outros apps ou no teclado que só estava habilitado num único canal MIDI e numa única zona.

      Verdade se diga, o custo-benefício de musical apps em iPad, no Brasil hoje, usando modelos mais baratos como os novos iPad 5 e iPad 6, e alguns antigos ainda eficientes, é muito bom, contudo, a qualidade que alguns aplicativos entrega pode pesar mesmo nos iPads topos de linha, assim usar apps pesados juntos deixa ainda mais instável a ferramenta. Para usar em casa ou no estúdio, tudo bem, mas para uso no palco, principalmente em trabalhos onde a música não pode parar, é preciso algum cuidado, mas com o devido respeito, a ferramenta pode ser útil. O musical app AUM pode ser o cérebro de um set em iOS, e mesmo que apps como o MIDIflow, Audiobus 3 e outros, possam fazer ajustes MIDI até com mais recursos, o AUM é mais fácil de usar, além de gravar áudio com qualidade.
      Para selecionar timbres nos engenhos, você não precisa passar program change e control changes para canais etc, por exemplo, basta chamar o app que possua a característica Audio Unit Extension (AU), escolher o timbre no painel do app que depois o AUM salvará em sua memória as informações junto com outros ajustes como zonas de split, volume, efeitos etc. Sabendo usar, com um único teclado MIDI, com um canal é uma zona habilitados, bastará para tocar mapeamentos sofisticados de múltiplos timbres e apps distintos somente chamando a programação armazenada no AUM. Seguem exemplos de várias combinações de timbres e de apps que sozinhos podem ser usados para um trabalho completo ao vivo. Veja no início de cada vídeo os ajustes que foram feitos no AUM e nos outros apps para criar os sets. 



      Três instâncias do musical app KQ Dixie (CP70 + Fulltines + HallOrch) com efeito do musical app Zero Reverb, áudio mixado e gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI teclado Roland A30, música “Bendita hora de oração”. Com o KQ Dixie + AUM + efeitos você tem um gerador multitimbral que dá pra fazer todos os timbres e layers/splits necessários para um trabalho completo ao vivo, claro que respeitando as cores da síntese FM. 



      Três instâncias do musical app BeatHawk (G.Piano + Strings + Trumpets). Outro exemplo para quem quer um set iOS abrangente e versátil:

- os timbres usados são de packs adicionais comprados (piano, strings e trumpets), de excelente qualidade (lembrando que o BeatHawk é da UVItouch mesmo desenvolvedor do mega piano Ravenscroft 275); 

- tudo foi executado em tempo real num único teclado (Roland A30), splits e outros ajustes feitos no AUM, não foram feitos no BeatHawk nem no teclado controlador que só estava com um canal MIDI habilitado; 

- a programação pode ser armazenada e chamada depois que todos os ajustes, incluindo seleção de timbres nas três instâncias do BeatHawk, vêm automaticamente; 

- áudio mixado e gravado pelo AUM, imagem gravada da tela pelo iPad 5.



      Três instâncias do musical app Syntronik (FM E.P. + Strings + Analog Lead), áudio mixado e gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI teclado Roland A30. Outro exemplo para quem quer um set iOS abrangente e versátil. Tudo foi executado em tempo real num único teclado (Roland A30), splits e outros ajustes feitos no AUM, não foram feitos no Syntronik nem no teclado controlador que só estava com um canal MIDI habilitado.



      Três instâncias em split do musical app Bismark BS-16i (Finger Bass + Stereo Grand + Brass Section, timbres GM originais), áudio mixado e gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI teclado Roland A30. Tudo foi executado em tempo real num único teclado (Roland A30), splits e outros ajustes feitos no AUM, não foram feitos no Bismark BS-16i nem no teclado controlador que só estava com um canal MIDI habilitado.

DICAS:





domingo, 30 de dezembro de 2018

Apps iBassist + iFretless Bass

      Como usar as progressões harmônicas do aplicativo musical iBassist da LumBeat com os timbres de baixo do aplicativo musical iFretless Bass da Ngo Minh Ngoc (Blue Mangoo) via MIDI:


1. No app iFretless Bass, pressione e segure o ícone de configurações abaixo à direita.

2. Não fiz qualquer alteração nos ajustes MIDI do iFretless Bass (o recurso “background” é default).


3. Chame o app iBassist e dê play, se os ajustes tiverem corretos, a progressão harmônica escolhida será tocada pelo iFretless Bass.

4. Caso não ouça o iFretless Bass soar, chame-o, isso pode ser necessário sempre que acabou de abrir os apps. 


5. Só o fato de chamar o iFretless já o fará reconhecer as notas MIDI, mas se nunca fez os ajustes no iBassist veja passos a seguir.

6. No iBassist, clique no ícone de configurações, acima à direita. 


7. Em configurações abaixe o volume geral interno dos timbres do iBassist em “Bass Volume” para zero. Clique na seta embaixo à direita para voltar à tela principal.

8. Na tela principal do iBassist clique no ícone MIDI, acima à direita.



9. O iBassist cria três pistas independentes que podem ser enviadas para aplicativos externos. Em MIDI out (azul) clique em um dos campos “Send Notes” para escolher qual pista será enviada para apps externos: a 1ª pista é a linha de baixo que é tocada pelo timbre de baixo interno do iBassist. A 2ª e a 3ª pistas são acordes, que não são tocados pelo timbre interno do iBassist e que só podem ser executadas por timbres de apps externos. No nosso caso, habilite só o 1º “Send Notes” no canal MIDI 1 para enviar notas para o app iFretless Bass que já está ligado e habilitado para receber MIDI. Use o campo “Octave” para ajustar a melhor região do timbre do app externo, no caso o iFretless Bass, que está recebendo a linha de baixo do iBassist. Clique na seta embaixo à direita para voltar à tela principal.

10. Na tela principal deixe o ajuste acima à direita “Live MIDI in” desligado. Execute os passos 3 e 4. 

11. Até três musical apps externos podem receber linhas harmônicas do app iBassist, assim, para usá-los, seus canais MIDI de recepção devem casar com os canais MIDI de transmissão do iBassist, definidos nos campos dos “Send Notes”. Para que as trilhas sejam usadas exclusivamente por cada app, é preciso definir um canal MIDI específico e não usar a opção OMNI, que permite a comunicação MIDI em qualquer canal. 


No vídeo, app iBassist enviando linha de baixo para o app iFretless Bass.

Tutorial - App Bismark bs-16i Importando e Exportando sf2

      Soundfonts de outros aplicativos, como por exemplo do Audio Evolution Mobile Studio, inclusive os comprados, podem ser importados pelo app Bismark bs-16i. Usar soundfonts de outros apps no Bismark bs-16i facilita o uso e construção de layers e splits.










      Depois de importado pelo app Bismark bs-16i, podemos exportar para nuvens, como por exemplo, para o GoogleDrive. Isso permite que soundfonts comprados em todo outros apps, como no Audio Evolution Mobile Studio, possam ser disponibilizados para serem baixados livremente. Não estamos usando nenhum recurso escondido ou “proibido”, assim pensamos que o procedimento é “legal”. 





App iReal Pro

      Ferramenta completa para estudos, jams, ministração de aulas e apresentação ao vivo. Crie suas partituras com cifras e use playback gerado com 3 instrumentos no estilo rítmico de sua preferência, tenha o auxílio de tablaturas e pentagrama para tocar em guitarra, violão, ukulele e instrumentos de teclas.

- crie sua música com cifras, use músicas prontas (vasta biblioteca);
- leia a música com ajuda de tablatura, acordes no teclado, notas em pentagrama etc;
- use playback gerado em vários estilos (jazz, pop, latino, blue etc);
- mixe e ajuste três backing tracks com várias opções de instrumentos, pianos, baixos, órgãos, guitarras etc;
- altere tonalidade e andamento e mais.



sábado, 29 de dezembro de 2018

Apps iFretless - Bass, Guitar, Sax e Brass

      Os apps iFretless da Ngo Minh Ngoc (Blue Mangoo) são ótimos, samples de alto nível, com uma proposta clara de entregar além de qualidade de som, tocabilidade pela tela do iPad. Quando experimentamos isso entendemos o porque do nome “fretless”, mas além de baixos e guitarras, essa linha da Ngo Minh Ngoc, recria também nos instrumentos de sopro, metais e saxofones, a qualidade de som e a possibilidade de expressão na tela. No primeiro vídeo abaixo, o app iFretless Bass, com 13 timbres fantásticos de baixos acústico, elétricos e sintetizados. A linha de baixo tocada é a “Funk Full PowerBack C7 F7” executada via MIDI pelo iBassist (LumBeat) com os timbres do app iFretless Bass.




      App iFretless Guitar: timbres de violão, náilon e aço, guitarras, clean e com excelentes efeitos internos, e timbre sintetizado. Amostras fantásticas, programabilidade total, canal MIDI por corda, o melhor aplicativo de violão pra iOS até aqui. Pode ser usado via MIDI por teclado externo, mas executado na tela do iPad permite uma expressividade muito realista simulando ligação entre notas, slides de cordas etc.




      App iFretless Sax, no vídeo todos os timbres: as amostras são maravilhosas, mas apesar de poder combinar 3 timbres, os recursos para criar sessões poderiam ser melhores para aproveitar os instrumentos individuais.




      App iFretless Brass, no vídeo de todos os sons, dá pra ter uma boa ideia dos recursos, timbres individuais e combinação de até 3 instrumentos ajustando oitavas. Poderia ter chave geral de reverb, o default é exagerado e temos que ajustar a cada mudança de timbre (ou salvar nos presets).




      Vídeos com áudio gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI no teclado Roland A30 por José Osório de Souza. Veja todos os vídeos da linha iFretless da Ngo Minh Ngoc no link.

App Accordion HD

      A Apptrax tem vários apps, incluindo de Piano Acústico, Eletromecânicos, Órgãos, Clarinete e vários de instrumentos percussivos. As amostras são pequenas, qualidade média, por outro lado são apps baratos e leves. Contudo, o Accordion HD é acima da média dos da Apptrax, e seu timbre, realista e extenso, é superior a acordeões de apps baseados em samples e caros. No vídeo os 13 timbres de acordeão do aplicativo, áudio gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI no teclado Roland A30 por José Osório de Souza.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

App “CZ app for iPad” (Casio CZ-series, CZ-101)

Demonstração dos 34 timbres originais do aplicativo CZ App for iPad (CASIO COMPUTER CO., LTD.), síntese original dos teclados Casio CZ-series (CZ-101), áudio gravado pelo musical app AUM, imagem gravada diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI no teclado Roland A30, José Osório de Souza.




CZ app na AppStore

App SunrizerXS

Musical app SunrizerXS, pequeno e forte: versão mais simples do app Sunrizer synth, só R$ 10,90, pra quem quer bons pads de synths clássicos, além de leads, baixos, arps e outros, uma opção barata, pena que não é AU. No vídeo alguns timbres, áudio gravado pelo musical app AUM, vídeo gravado diretamente da tela pelo iPad 5 MIDI no teclado Roland A30, José Osório de Souza.



sexta-feira, 30 de novembro de 2018

App NanoStudio 2 - Recursos de Controlador MIDI

Musical App NanoStudio 2


Um diferencial neste DAW são os recursos de controlador MIDI, timbres internos e de apps externos podem ser combinados e ajustados em detalhes.


Neste exemplo combinamos os musical apps Bismark bs-16i e o Minimoog Model D.



Camadas e zonas de split podem ser definidas e acessadas juntas por teclado controlador MIDI externo, recurso “learn” programa knobs para ajustar controladores MIDI.


Canal MIDI, pontos de split de teclado, transposes individuais, mapas de velocities, podem ser programados para cada timbre.



Demo “Tonality”, um dos originais que vem com o app, vídeo gravado diretamente da tela pelo iPad 5, áudio mono.





Tutorial - App Bismark bs-16i Carregando Soundfonts

Carregando soundfonts (sf2) no musical app Bismark bs-16i - Tutorial


1. O Bismark bs-16i é um player de timbres no formato soundfont (sf2), com multilayers, com ajustes de sintetização, de 16 partes multitimbrais com efeitos e possibilidade de criar camadas de timbres, ajustando os canais MIDI.




2. Clicando o segundo ícone acima á esquerda temos acesso ao mixer das oito primeiras partes (1 a 8), clicando novamente o mesmo ícone temos acesso às oito segundas partes (9 a 16).


3. Clicando em “Instrument” podemos escolher o timbre (soundfont) para a parte multitimbral. Clique em “< Library” acima e à esquerda para voltar à tela das “Libraries”.


4. A “Library” tem oito memórias (versões antigas têm só quatro) que podem receber oito bancos (de grupos de soundfonts de 1 ou mais timbres), clique em uma das “Libraries”.


5. Escolha um timbre na “Library”.



5. Ele aparecerá em “Instrument” e ficará disponível no canal MIDI da parte para ser tocado.



6. Clique em “Instrument” da parte 2 e repita o procedimento para escolher “Library” e o timbre dentro da “Library”.


7. Para carregar novos bancos em uma das oito memórias clique no ícone acima à direita e entre em “Settings”.


9. Em “Settings” clique em “WaveTables”. Clique numa das oito “Libraries” para mudar o banco que existe ou numa “Library” vazia para carregar um novo banco de soundfonts.



10. A princípio, só está disponível um banco de soundfonts, assim na primeira vez que entrar nesta tela só o banco “GeneralUser GS SoftSynth” estará disponível para carga, nada constará (“no content”) em “User Libraries”. Para carregar novos bancos veja passos à seguir.


11. Para carregar soundfont do GoogleDrive clique no arquivo com os “sf2” e escolha um soundfont, no caso, o “Piano 1.sf2”.


12. Escolha a opção “Abrir no”.


13. Escolha o musical app administrador de soundfonts de seu iPad, no caso, o Bismark bs-16i.


14. O musical app Bismark bs-16i abrirá automaticamente com a mensagem acima.


15. Entre na tela “Settings/WaveTables/Library”, conforme explicado acima. Agora um banco está disponível em “User Libraries”, ele pode ser selecionado em uma das oito memórias “Library”.


16. O banco “Piano 1.sf2”, trazido do GoogleDrive, está carregado em “Library #2”.


17. Clique em “Instrument” de uma das 16 partes e escolha a “Library”, agora a “Library #2” está ocupada com o soundfont “Piano 1.sf2”.


18. Escolha o timbre dentro do banco, no caso, o banco só tem um timbre, “F001 ConcertGrand”.



19. O timbre “F001 ConcertGrand” está disponível na parte 3 para ser tocado.


20. Ajustando o canal MIDI da parte pode-se criar layers de timbres.


21. O Bismark bs-16i tem cinco grupos de ajustes de sintetização: Scale, Output, Tune, EG/Filter e LFO, acessados na tela com os dois teclados. Duas partes multitimbrais podem ser tocadas na tela do iPad, alterando o campo “Part”, embaixo e à esquerda dos teclados.


22. Clique em “Settings” e depois em “Songs” para escolher músicas no formato MIDI SMF.


23. Ajustes e seleções de timbres podem ser registrado como cenas (“Scenes”), para salvar e carregar cenas clique em “Settings” e depois em “Scenes”. A “scene” também pode ser carregada e salva por tela chamada pelo ícone “4 quadrados” acima e à direita.



24. Uma cena com split de teclado vem pronta de fábrica, podemos usá-la para fazer ajustes pessoais dos timbres.



25. Mas clicando em “Settings” e depois escolhendo “Synthesizer” temos acesso à tela que permite definir as faixas de notas de cada parte MIDI, os parâmetros "Keyboard Range", que nos permitem splitar o teclado em várias regiões, combinando com dual e layers.