quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

MIDI - unindo set iOS com hardwares

Meu set atual, hardware e iOS integrados, MIDI e áudio:


- uso a interface Steinberg com todos os recursos;
- uso fonte na Steinberg além de USB 3 no iPad 5 também com fonte e hub 3.0, isso permite comunicação de áudio e MIDI e fornece energia aos Krypton, Nitrogen e Worlde; 
- módulo TX7 controlado por vários hardwares passando por interface, iPad 5 com roteador e MIDI merge do A30; 
- órgão TX5 usa apps no iPad 2, mas áudio dele e do iPad 2 são recebidos no iPad 5, gravados, etc...; 
- falantes amplificados ligados à Steinberg, assim controlo áudio final, usando a Behringer só como mixer de entrada. 

      Tentei aproveitar bem o protocolo MIDI (5 pins e USB), praticamente muitos tocam muitos, isso é muito interessante usando dezenas de musical apps em iPads ao mesmo tempo. Fiz o fluxograma com o aplicativo iThoughts (mindmap), recomendo principalmente aos ensinadores. 

      No início dos anos 1990, quando os synths tinham pouca polifonia e multitimbralidade, o protocolo MIDI, que já estava em ação desde 1983, atingiu seu clímax, módulos eram valorizados, pra aumentar o número de timbres que podiam ser tocados simultaneamente. As bandas de baile abusaram dessa ferramenta, o sequencer Roland Micro Composer MC50 mk II era muito popular, e os profissionais tinham mais de um no setup para compensar os limitados disquetes que cabiam poucas músicas e precisavam de um tempo para carregar. Assim, enquanto um sequencer tocava, o outro era carregado para estar pronto para uma nova seção do repertório. 
      Eu me sinto feliz por ter participado dessa época do MIDI, dei cursos para muitos bons músicos sobre o protocolo na região de Campinas/SP, e criei muito playback no padrão SMF/GM para bandas, bons tempos. Bem, as workstations evoluíram, a polifonia aumentou, a multitimbralidade aumentou, e os computadores ficaram mais poderosos e mais acessíveis. Assim ao mesmo tempo que podia-se fazer muito com um só teclado, a gravação de áudio se tornou mais comum e com mais qualidade. A gravação digital de áudio teve seu auge e o MIDI ficou um pouco esquecido.
      Contudo, eis que o MIDI ressurge, e agora por cabo USB e por bluetooth, com o iPad se tornando um hardware poderoso e independente e os controladores, de teclas, de pads, de knobs, sliders, switches etc, necessários para completar o setup iOS. Bem, eu, que estou sempre aberto para novidades, principalmente as de bom custo benefício, que não são só luxo para alguns que querem ter algo só porque é caro, também tenho meus saudosismos. Mas nesse caso, não é saudosismo não, o que é bom, nunca morre, assim é o piano acústico, o órgão Hammond, os pianos Rhodes e Wurlitzer, o Moog e tantos sintetizadores que sempre serão emulados e sampleados pela sonoridade única que possuem. MIDI é para sempre.

#músicosqueusamipad

Um comentário:

  1. Lindos e bem escritos textos, José. Eu, que estudo e "evangelizo" midi, andava com nossa querida "agenda" Roland PMA5 em baixo do braço, nos fins de 90 o que meus amigos chamavam de walkman de midi rsssss. Obrigado pelo trabalho que faz. Acabei de seguir no Face a página e espero contribuir em breve com o que for necessário, urgente ou preciso. Estou migrando para o IPad após uma década e confesso estar frio ainda. Meu Irig HD chega em 2 dias e vc pode imaginar essa criança aqui em plenos saltos de alegria mentais. Fique com meu abraço forte e espero nos falarmos em breve por aí.

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